O terceiro episódio de I Love LA, série da HBO Max criada e estrelada por Rachel Sennott, mantém o ritmo acelerado e o humor desconfortável que definem a produção. A narrativa continua acompanhando um grupo de jovens que vive entre a ansiedade das redes sociais, a busca por relevância e a necessidade constante de validação. No episódio 3, a trama se aprofunda especialmente no impacto emocional da exposição pública e nas consequências inesperadas da cultura da influência digital, usando Tallulah como centro do conflito. Confira o resumo do que rolou no episódio 3 da série:
Recapitulação do episódio 3 da série I Love LA
O vídeo de Paulena e o início do caos
O episódio começa com Tallulah e Alani fazendo hidratação intravenosa, um hábito frequente entre influenciadores e jovens celebridades. Durante o atendimento, Tallulah recebe um convite para conhecer o novo restaurante de uma empresária local — uma oportunidade que, para ela, funciona como validação social imediata. Porém, a empolgação dura pouco. Ela descobre que Paulena divulgou uma série de três vídeos nas redes sociais detonando seu comportamento, e a repercussão é instantânea.
Enquanto isso, Maia conversa com o pai durante seu treino na esteira, celebrando a conquista de um contrato com a TRESemmé para Tallulah. A notícia do vídeo interrompe sua rotina, levando-a rapidamente até a casa de Alani, onde encontra Tallulah em crise. Alani, sob efeito de um comestível, não consegue ajudar, e cabe a Maia acalmar a amiga.
Em paralelo, Charlie enfrenta um constrangimento matinal ao descobrir que foi impedido de furar a fila de sua cafeteria preferida, agora que não trabalha mais com Mimi. A série reforça, mais uma vez, como cada personagem lida com pequenos dramas pessoais e como essas questões se chocam com a dinâmica do grupo.
A tentativa de controlar a narrativa em I Love LA
Maia tenta agir rapidamente. Tallulah está sem condições emocionais de lidar com a repercussão, e Alani acaba prejudicando a situação ao destruir o vape reserva que Maia havia dado para acalmá-la. A partir daí, Maia assume a responsabilidade de solucionar a crise em 24 horas.
Preocupada com o impacto que os vídeos podem ter na carreira da influenciadora, ela recorre à chefe, Alyssa, que imediatamente envolve um advogado. A orientação é clara: Tallulah deve se desculpar publicamente e fingir que está iniciando um tratamento para vício em ketamina. Ainda que nem ela nem Maia concordem completamente com a estratégia, a pressão da agência — e o medo de perder contratos — coloca as duas em um dilema.

Essa parte do episódio reforça um dos principais tópicos de I Love LA: a indústria de influência trata a imagem como produto, e qualquer deslize exige uma resposta calculada, mesmo quando o pedido de desculpas não reflete a realidade.
O dia de Maia na feira da escola
Enquanto Tallulah se prepara para a possível gravação de um vídeo de retratação, Dylan participa da feira de bolos na escola onde trabalha como professor. Ele conta com a ajuda de Maia, que tenta equilibrar o apoio ao namorado com a urgência de resolver o problema da amiga.
Durante a feira, Maia presencia uma discussão entre duas crianças por um brownie e tenta intervir, o que gera uma situação desconfortável com as mães das meninas. A cena evidencia o contraste entre os dramas digitais de Tallulah e os conflitos mais cotidianos do mundo real. Para Maia, o choque é imediato. Ela percebe que está tentando aplicar raciocínios do universo online em um contexto completamente diferente.
A conversa com as mães acaba despertando em Maia a dúvida sobre a própria estratégia adotada com Tallulah. A reflexão leva a personagem a confrontar a ideia de que a influenciadora precisa necessariamente pedir desculpas. A partir disso, Maia toma uma decisão: aconselhar Tallulah a não fazer o vídeo.

O encontro no restaurante e o reencontro com a confiança
Enquanto isso, Tallulah, Alani e Charlie aceitam o convite para conhecer o restaurante da empresária que havia enviado a mensagem no início do episódio. No local, Tallulah se sente observada o tempo inteiro, acreditando que todos estão reconhecendo-a pelos vídeos de Paulena. Já Charlie tenta impressionar o garçom, mesmo descobrindo que ele é hétero — algo que frustra seus esforços exagerados e seu gasto impulsivo.
A insegurança faz Tallulah buscar um celular ou qualquer dispositivo que permita acompanhar os comentários sobre os vídeos. É nesse momento que ela encontra a dona do restaurante, que demonstra interesse em conhecê-la. A conversa, no entanto, descamba quando a empresária menciona ketamina, reacendendo o pânico da influenciadora.
A situação muda quando Maia chega ao restaurante para encontrar Tallulah. A conversa entre as duas fora do local traz uma das cenas mais importantes do episódio: Maia encoraja a amiga a recuperar o controle sobre sua imagem em vez de aceitar a estratégia imposta pela agência. Pouco depois, um gesto inusitado altera o clima. O garçom volta à mesa com um pote de arroz, e ao abrir a tampa, Tallulah encontra um número de telefone anotado — um sinal de que ainda há espaço para conexões reais, mesmo em meio ao caos online.

Crítica de I Love LA – Episódio 3
A virada contra Paulena e o desfecho do episódio
De volta à casa de Alani, o grupo descobre uma informação relevante: Paulena estudou com Alani no passado, e sua família tem histórico de problemas legais. A lembrança reacende o espírito competitivo das personagens, e Tallulah decide gravar um vídeo expondo detalhes sobre a família da rival — enquanto usa uma camiseta de 500 dólares virada ao contrário para parecer “menos produzida”.
Apesar da tentativa de responder à altura, o contratempo final do episódio chega com um revés profissional. A TRESemmé cancela o contrato por causa da repercussão negativa. Porém, segundos depois, Tallulah recebe uma mensagem inesperada: a Balenciaga demonstrou interesse em colaborar com ela. Para a influenciadora, é sinal de que a crise pode se transformar em oportunidade.
O episódio 3 reforça a lógica de I Love LA: no universo dos influenciadores, reputações caem e renascem em velocidade recorde. E, como a série mostra, ninguém está realmente preparado para lidar com isso — nem mesmo quem depende da própria imagem para sobreviver.