Qual é a dos Lens Flares!!??

“Ai meus olhos! Eu não consigo enxergar nada!” – Tripulante da U.S.S Enterprise.

Estamos lá, tranquilos assistindo “Star Trek”, e depois de um tempo começamos a perceber algo. “O que são essas luzinhas aí aparecendo o tempo inteiro?!”.

Essas “luzinhas”, meu amigo, são chamadas de “Lens Flares”, que significa “reflexo de lente”.

*Breve e simples explicação do Lens Flares: Como a própria tradução diz, é um reflexo na lente da câmera por excesso de luz. Naturalmente acontece quando se fotografa alguma coisa contra a luz do sol. Já nos filmes, precisamente de ficção científica, são efeitos colocados propositalmente.

E o porquê desses flares?

Bom, nosso querido amigo J.J Abrams inteligentemente usa desse recurso estético, digamos assim, para tornar maior a imersão do espectador enquanto assiste a obra.

Como assim?

Hora! O efeito de reflexo não é causado por excesso de luz? Nos sets de gravações nós não temos luz do sol e muito menos uma nave que viaja na velocidade da luz (infelizmente) Temos telas e mais telas verdes.

Quando Abrams usa um clarão imenso onde toma a tela inteira, em uma cena panorâmica da nave, ele a insere em um contexto onde ela existe e é real. Quando você enquanto espectador, lembra do conceito de reflexo de lente e que aquilo ocorre quando existe uma câmera for real, torna-se mais crível.*Tenho que abrir rapidinho um parêntese aqui

(J.J Abrams também usa o flare porque ele tem alguma obsessão por esse efeito. Em uma entrevista no lançamento do Blu Ray de “Star Trek – Into Darkness”, um repórter pergunta o porquê do uso excessivo dos flares, e J.J sabiamente responde basicamente o seguinte: “Estou olhando para a cena do filme e penso ‘sabe o que ficaria legal? LENS FLARES’.) Segue vídeo;

também existem cenas de diálogos no filme onde temos a presença do tal efeito. O que pra mim, é totalmente compreensível, já que se está dentro de uma nave repleta de painéis transparentes e luminosos.

Um filme que fez bom uso desse recurso estético foi o “Man of Steel’’ dirigido pelo slow motion man Zack Synyder. Há muitos momentos no longa, aliás, nele todo que você ver aquela luzinha azul seja no canto dela, ou na turbina de uma nave.

Bom, há quem reclame do uso em excesso do flare, mas tente fazer esse exercício de assistir ao filme e enxergar essa perspectiva aqui citada.

E pra descontrair um pouco:

https://www.youtube.com/watch?v=84cqAL6-iv4

Vida longa aos FLARES!