Depois de não atender a expectativa em seus primeiros filmes solo, reunimos alguns indícios de que Thor: Ragnarok pode ser o melhor filme já produzido pela Marvel Studios
A cada novo filme da Marvel, é hora de fazermos nosso religioso exercício especulativo acerca da qualidade do material prestes a chegar aos cinemas. Thor: Ragnarok é a bola da vez, trazendo nova roupagem para o personagem, acompanhado da primeira vilã feminina do MCU, além de participações pra lá de especiais. Tudo isso sob o comando de um diretor sensacional.
Taika Waititi possui uma abordagem humorística fora da caixa em seus filmes, porém, não se trata de uma figura muito conhecida. Com “O que Fazemos nas Sombras”, o diretor consegue mostrar sua habilidade em brincar com mitologias e figuras notórias de modo bastante despojado, não apenas mantendo as bases estabelecidas, mas usando-as como ferramentas em sua história. A presença de uma pessoa com tal atributo é algo necessário para essa sub-franquia dentro do universo cinematográfico da Marvel. Os dois filmes do Deus do Trovão falharam em não encontrar seu tom adequado, sem conseguir passar a imagem de algo épico com influencias medievais. Está no humor (de Waititi) e nas cores a grande aposta dessa vez, seja pelo elenco disponível ou mesmo as influencias kirbyanas, algo que trataremos mais adianta.
Não olhe para trás
Não olhar tanto para trás deve ter sido um dos lemas de Kevin Feige para seus comandados aqui. Apesar de Thor: Ragnarok manter algumas peças adoradas pelos fãs como Loki (Tom Hiddleston) e Heimdall (Idris Elba), não há menção aos menos carismáticos como o núcleo de Midgard com Jane Foster (Natalie Portman) e Darcy (Kat Dennings). Também não há garantias de muito tempo de tela para Sif (Jaimie Alexander), que só teve seu nome creditado no projeto nas últimas semanas. Nesse sentido, as novidades são uma porrada de personagens interessantes.
Começando por Hela, a nova (e primeira nos cinemas) vilã do universo Marvel vivida pela diva Cate Blanchett. Presente em grandes franquias do cinema como O Senhor dos Anéis, além de trabalhos mais autorais como Blue Jasmine (dirigido por Woody Allen, que lhe rendeu um Oscar de Melhor Atriz), seu carisma e assinatura para a personagem já é algo perceptível nos trailers. Skurge (Karl Urban) será seu imediato e deve responder apenas a algumas pontuais cenas de ação. O Grão-Mestre (Jeff Goldblum) tem tudo para oferecer o exotismo dado pelo Colecionador no primeiro Guardiões da Galáxia e a Valquíria (Tessa Thompson) é outra com grande importância na trama, algo também já denunciado pelos trailers.
Curiosidade: Desenvolver Thor: Ragnarok deve ter sido razoavelmente fácil quando tratamos de logística entre os atores, pois a grande maioria dos atores (incluindo o diretor Taika Waititi) são nascidos na Austrália ou Nova Zelândia. Talvez isso tenha beneficiado Chris Hemsworth, o Thor, a entregar um personagem bem mais à vontade dessa vez.
A participação de Bruce Banner e Hulk (Mark Ruffalo) em Thor: Ragnarok possui mais contexto do que aparenta. Além de ser um personagem com diversas interações interessantes com o núcleo asgardiano desde as HQs (algo também feito nos filmes: não é à toa que Thor e Hulk ficaram fora de Capitão América: Guerra Civil), teremos aqui a forma mais próxima possível da Marvel adaptar para os cinemas uma outra grande saga, que é Planeta Hulk. Obviamente, isso tudo funciona muito bem para as ambições mercadológicas do filme: participações especiais são uma tendencia bem vista nos filmes solos da Marvel, como o Falcão em Homem-Formiga e Tony Stark em Homem-Aranha: De Volta ao Lar. Lembrando que esse novo Thor também contará com a ilustre presença do Doutor Estranho. Apesar de lamentarmos a falta de um filme inteiro dedicado à fase do Hulk gladiador, há a promessa de um arco bastante significativo para o personagem iniciado em Ragnarok, que terminará em Vingadores 4.
Futuro do MCU
Essa amarração toda traz à tona outro grande trufo que Thor: Ragnarok pode possuir: ligações mais fortes com o MCU, mais especificamente, com Vingadores: Guerra Infinita. O terceiro filme da equipe chega aos cinemas em 2018, logo após de Pantera Negra, e as expectativas para a primeira grande aparição de Thanos estão altas. Inserir indícios do que poderemos ver adiante (com as famosas cenas pós-créditos, que serão mais de uma dessa vez) pode ser uma forma de enraizar o valor desse filme na cabeça do fã. E por que não fazer isso? Ora, há diversos meios para isso, como ligar Hela ao Louco de Titã (devido ao fato dele adorar a Morte nas HQs), ou citar que ele foi um dos campeões da arena de Sakaar anteriormente (entenda na imagem abaixo).
Outro ponto a ser considerado é o design de produção do filme, onde a identidade visual cheia de cores remete diretamente ao rei Jack Kirby, grande nome da Marvel ao lado de Stan Lee antes das desavenças. Não apenas as cores, mas também os traços usados na parte arquitetônica do projeto dão uma ambientação que tem tudo para conquistar tanto o fã de quadrinhos quanto o de óperas espaciais.
O filme estreia dia 26 de outubro de 2017 nos cinemas, com ingressos já em pré-venda. Fique ligado no CosmoNerd para conferir nossa crítica antecipada, já no dia 19.