Por que Capitão América – Guerra Civil pode ser o melhor filme já feito pela Marvel

Capitão América – Guerra Civil está prestes a estrear, e como acontece com cada lançamento da Marvel Studios logo surge a questão: será esse o melhor filme da Marvel já feito em todos os tempos? Seja com Guardiões da Galáxia, Vingadores – Era de Ultron, Homem de Ferro 3 (brincadeira!) ou até mesmo Homem-Formiga, essa conversa sempre surge.

As produtoras adoram esse tipo de polêmica, pois mantém o foco no filme a ser lançado gerando lucro de diversas formas. Faz parte da estratégia também liberar o longa previamente para um grupo seleto de pessoas, onde as mesmas irão tecer suas impressões pelo Twitter (geralmente enaltecendo o produto final). Pois bem, com base em tudo que já foi divulgado, incluindo nesse bolo algumas críticas de sites relevantes como ComicBook.com e Omelete, vamos elencar os elementos que podem fazer de Capitão América – Guerra Civil o melhor filme já produzido nesse universo Marvel.

A Guerra Civil é mais do que herói porradeiro

O que mais faz os fãs dos quadrinhos torcerem o nariz é o fato da versão impressa de Guerra Civil ter muito, mas muito mais heróis caindo na porrada. Mas na essência, a saga trata (tanto lá quanto cá) do conflito ideológico entre o Capitão América e o Homem de Ferro. Seria um fã service gratuito colocar ao fundo dos combates o Demolidor da Netflix ou a Tremor de Agents of Shield. Imagina a chuva de críticas com esses personagens lá sem profundidade alguma? Eu não ligaria mas muitos outros odiariam, e as impressões iniciais indicam que praticamente todos tem sua função na história. Visto isso, outros elementos das HQs estarão presentes (de forma menos ou mais fiel) como o questionamento sobre as responsabilidades que um herói deveria ter, o controle governamental etc. Prato cheio para intrigas, metáforas e memes a serem trazidos para nosso mundão polarizado de hoje.

Homem-Aranha

O acordo entre Sony e Marvel para o uso do herói mais famoso da Casa das Ideias no MCU foi amplamente coberto pela imprensa do entretenimento, e comemorado em demasia pela comunidade nerd. Mas quais os reais frutos dessa parceria? O artigo do Charles Luis sobre o recém anunciado título do novo aranha (leia aqui) trata de forma esclarecedora essa dúvida. Já em Guerra Civil, os comentários indicam que o Homem-Aranha marca presença como o piadista que é, sem o destaque merecido mas retratado de forma digna por Tom Holland (que já estão dizendo ser o melhor Peter Parker das telonas). Sendo assim, se não manchar o personagem e nem atrapalhar na história, o teioso é um grande atrativo para ser conferido em Capitão América – Guerra Civil.

Quem precisa de vilão?

Eis aqui o grande  defeito do universo compartilhado da Marvel nos cinemas. Diversão e piadas são toleradas e essenciais em momentos adequados, mas a falta de um vilão realmente ameaçador, assustador e visceral incomoda nos filmes. Porém, Capitão América – Guerra Civil não demanda tal tipo de personagem. Como o grande lance serão as intrigas pessoais, a vilania fica a julgamento do público que eventualmente pode escolher um lado (com exceção da galera que só ver o circo pegar fogo mesmo). De bandeja ganhamos a presença de vilões menores como o estiloso Ossos Cruzados (Frank Grillo) e maiores como Zemo (Daniel Brühl, ainda uma incógnita).

O ‘efeito’ BvS

Batman Vs Superman fracassou no simples fato de não ser uma unanimidade. Mesmo o já farto montante arrecadado em bilheteria não será o esperado pela Warner, e Zack Snyder já sofre com a negativa de muitos que não o querem na direção da Liga da Justiça. A comparação de Guerra Civil com BvS tem sido inevitável, dado a proximidade dos longas e o conceito de colocar super heróis para brigarem ente si. Dessa forma, a metade que não gostou do filme da DC (muito numerosa) tende a enaltecer e até fortalecer o novo Capitão América (mesmo que por ventura essa diferença de qualidade não seja muito grande). Ainda na comparação, quem já viu Guerra Civil adiantou que o debute do aguardado Pantera Negra (Chadwick Boseman) se dá organicamente, ao contrário da Mulher-Maravilha vivida por Gal Gadot (apesar disso a amazona/israelense é apontada como uma das melhores coisas do filme da Warner).

Surpresas

Alguém vai morrer? Scott Lang irá se tornar o Gigante? Por mais que os trailers tenham divulgado muita coisa sobre a trama, sempre há aquele elemento surpresa que, se bem trabalhado, pode pontuar a favor do filme como aconteceu em Vingadores – Era de Ultron com o Visão. Mas isso pode pesar contra como foi o caso do Mercúrio no mesmo filme, numa morte miseravelmente sem graça.

As chances de você discordar são enormes, ainda mais levando em conta que o CosmoNerd ainda não teve a oportunidade de assistir o filme. Mas Capitão América – Guerra Civil chega dia 28 de abril nos cinemas para os fãs descobrirem se a Marvel acertou ou não em cheio.