Pluribus - Crítica e Explicação do Episódio 6, PDH Pluribus - Crítica e Explicação do Episódio 6, PDH

Pluribus | Crítica e Explicação do Episódio 6, PDH

O sexto episódio de Pluribus, intitulado “PDH”, aprofunda o desconforto da protagonista e amplia as implicações éticas que a série vem construindo desde sua estreia. Lançado na última sexta-feira no AppleTV+, o capítulo marca um ponto de virada para Carol Sturka e reforça a tensão entre sobrevivência, consentimento e manipulação. A seguir, confira uma recapitulação e a crítica do episódio 6.

Recapitulação do episódio 6 de Pluribus

“PDH” começa com Carol fugindo do armazém onde testemunhou algo que muda completamente sua percepção sobre os Unidos. Com a câmera em mãos, ela retorna ao local para registrar provas. Em meio às prateleiras, encontram-se partes de corpos embaladas a vácuo, prontas para serem processadas. Os Unidos transformam esses restos em alimento, moendo e cozinhando tudo para produzir sua fonte nutricional.

De volta ao apartamento, Carol tenta decidir como expor o que descobriu. Em vez de enviar o material via drone, opta por uma abordagem direta. Ela viaja até Las Vegas, onde Diabaté vive cercado de luxo e conforto, aparentemente adaptado ao novo mundo. Carol o encontra no hotel Westgate e se surpreende ao perceber que ele já viu vídeos antigos dela — e que isso não preocupa os Joined.

A reviravolta em Pluribus ocorre quando Diabaté revela que há muito mais por trás da alimentação dos Unidos. Com um vídeo narrado por John Cena, ele explica que o líquido que eles consomem é composto por alimentos prestes a vencer e 12% de PDH — proteína derivada de humanos. A justificativa é pragmática: milhares de pessoas morrem diariamente, e os corpos seriam destinados ao descarte. Para os Estados Unidos, reaproveitar essa matéria orgânica seria uma solução de sobrevivência.

Carol fica ainda mais isolada ao perceber que a maioria dos outros sobreviventes já sabia disso e não vê problema algum. A exceção é Manousos, silencioso e deslocado. Na manhã seguinte, Diabaté revela que os Unidos não são capazes de transformar humanos sem consentimento. O processo depende de células-tronco individuais, e o procedimento para obtê-las é extremamente invasivo.

Em um flashback situado nove dias após a ativação dos Unidos, vemos Manousos analisando sinais de rádio. Ao assistir à fita enviada por Carol, ele decide fugir da cidade. Sua rota é interrompida quando o carro falha, obrigando-o a improvisar para continuar a viagem.

Análise crítica do episódio 6 de Pluribus

Acomodados pela paz

O capítulo confirma que Manousos é o único disposto a reagir ao alerta de Carol. Os demais sobreviventes parecem acomodados à paz instaurada pelos Unidos, ignorando o que está por trás desse equilíbrio. O episódio reforça a sensação de que o consentimento exigido pelos Unidos é apenas temporário, e que a busca por um método alternativo está avançando rapidamente.

A revelação dos corpos armazenados era uma pista já sugerida pela série, mas o episódio transforma essa informação em algo mais amplo ao introduzir o conceito de PDH e a participação inesperada de John Cena para contextualizar o processo. Essa mistura de humor, horror e pragmatismo reforça a assinatura de Gilligan, que equilibra estranhamento e ironia sem perder o foco na construção do suspense.

Pluribus - Crítica e Explicação do Episódio 6, PDH

A temporada mantém um ritmo lento e calculado, característica que pode gerar frustração diante do lançamento semanal. Após seis episódios, os acontecimentos são pontuais, mas cada detalhe amplia a tensão sobre o futuro da humanidade e sobre a capacidade dos sobreviventes de resistir à assimilação.

Com apenas três episódios restantes, “PDH” prepara o terreno para grandes desdobramentos. A sensação é de que a série caminha para um confronto inevitável entre liberdade individual e uma nova forma de coletividade que redefine princípios éticos e biológicos. O episódio 6 funciona como a engrenagem que ativa esse conflito, deixando claro que a transformação completa dos humanos pode estar mais próxima do que parece.