Espírito natalino marca a sequência do filme liderado por Mark Wahlberg
Plano em Família 2, novo lançamento do Apple TV+, marca o retorno de Mark Wahlberg ao papel de Dan Morgan, agora numa continuação que amplia o cenário, leva a família para a Europa e introduz novos conflitos, mas mantém a mesma estrutura do primeiro filme. Dirigido novamente por Simon Cellan Jones e escrito por David Coggeshall, o longa tenta equilibrar ação e humor familiar, sem grandes mudanças na fórmula. Confira a crítica:
A história de Plano em Família 2
A trama começa dois anos após os eventos do filme original. Agora, Jessica (Michelle Monaghan) e os filhos já conhecem o passado de Dan como mercenário a serviço de um chefão do crime. Apesar da morte do pai, Dan segue focado no trabalho e nas tradições familiares, especialmente o Natal. A notícia de que Nina (Zoe Colletti), a filha mais velha, não voltará de Londres para as festas é o estopim para a nova aventura.
Dan usa um trabalho de consultoria em segurança como justificativa para levar toda a família ao Reino Unido, onde pretende surpreender a filha. A viagem, porém, se complica rapidamente: Nina tem um namorado, Omar (Reda Elazouar), cuja presença desconcerta Dan; e, sobretudo, o chefe do banco que contrata Morgan revela-se seu meio-irmão Aidan (Kit Harington), um ladrão em busca de acerto de contas.
Humor repetido e ação restrita
O filme aposta novamente na mistura entre comédia e ação familiar, mas muitas das piadas já estavam presentes no primeiro longa. Situações envolvendo constrangimentos entre pais e filhos, reclamações sobre tecnologia ou dinâmicas previsíveis entre gerações se repetem sem variação. Mesmo a chegada de Omar funciona mais como um elemento cômico pontual do que como uma renovação da trama.
Nas cenas de ação, a produção adota uma abordagem contida, com sequências que seguem um padrão seguro e sem muitos riscos. A esperada luta entre Wahlberg e Harington, por exemplo, acontece em um ônibus de dois andares, mas é filmada à distância, o que reduz o impacto da cena.

A dinâmica familiar como ponto forte
Entre os aspectos que funcionam melhor está a relação entre Dan e Jessica. Wahlberg e Monaghan encontram um ritmo mais sólido, e a narrativa permite que a personagem de Monaghan tenha maior participação. O filme também explora o desejo de Dan de manter as tradições natalinas, o que rende momentos capazes de conectar o público ao clima de fim de ano.
Crítica: vale à pena assistir Plano em Família 2?
Plano em Família 2 se mantém dentro das expectativas de um filme familiar de ação voltado para o streaming: cumpre a função de entretenimento rápido e sazonal, especialmente pelo ambiente natalino e pela ambientação entre Londres e Paris. Para quem busca uma produção simples para assistir durante as festas, pode funcionar. Para quem espera inovação ou uma evolução significativa em relação ao primeiro filme, a sequência pouco acrescenta.