O quinto episódio da segunda temporada de Pacificador (Peacemaker), intitulado “Back to the Suture”, marca uma virada significativa na narrativa da série criada por James Gunn para a DC Studios. O capítulo combina sequências de ação intensas, revelações políticas dentro da ARGUS e escolhas emocionais que redefinem o futuro de Christopher Smith. Ao mesmo tempo, aprofunda o conflito de Rick Flag Sr. contra o Pacificador e lança Chris em uma nova trajetória que pode alterar completamente os rumos da temporada.
A seguir, reunimos os principais acontecimentos do episódio, seus impactos nos personagens e o que eles significam para o desenvolvimento da trama.
O passado de Harcourt e o peso da culpa
O episódio abre com um flashback do funeral de Rick Flag Jr., morto no filme O Esquadrão Suicida. Vemos Harcourt e Economos presentes, quando Rick Flag Sr. se aproxima para confrontá-la sobre a morte do filho. Embora ela não possa revelar a verdade, Flag Sr. deixa claro que a perda moldou sua visão de mundo e estabeleceu um caminho de vingança.
Essa introdução reforça a ligação emocional entre Harcourt e o passado do grupo, além de contextualizar a obsessão de Flag Sr. em capturar e destruir o Pacificador. A promessa de justiça feita por Harcourt dá o tom da relação de desconfiança e ambiguidade que permeia o episódio.
O encontro no parque e a armadilha da ARGUS
De volta ao presente, Chris marca um encontro com Harcourt em um parque público. O local, no entanto, já estava preparado como armadilha pela ARGUS, com agentes posicionados estrategicamente e o Mestre do Judô de prontidão para neutralizar o herói.
A cena funciona como um dos pontos altos de ação do episódio: Chris demonstra sua experiência e intuição, utilizando civis como cobertura sem colocá-los em risco e antecipando os movimentos de seus inimigos. Ao mesmo tempo, o diálogo entre ele e Harcourt traz uma camada dramática, com Chris questionando se ainda existe algum vínculo entre eles. A resposta negativa da agente o abala profundamente e contribui para sua decisão posterior.
Sasha Bordeaux e as revelações sobre a ARGUS
Um dos elementos mais importantes do episódio é a introdução de novas informações sobre Sasha Bordeaux, braço direito de Rick Flag Sr. Descobrimos que ela é uma ciborgue, resultado de um acidente grave e de experimentos financiados pela própria ARGUS. Essa revelação insere um subtexto sobre os limites éticos da organização e sugere que os planos de Flag Sr. ultrapassam a simples vingança pessoal.
O confronto no parque culmina quando Harcourt se vê obrigada a imobilizar Chris para evitar sua execução. Essa atitude salva a vida do Pacificador, mas também abre caminho para que ele seja capturado e levado aos domínios da ARGUS.
Chris Smith entre a rendição e a fuga
Preso e espancado por Rick Flag Sr., Chris se mostra disposto a não reagir, revelando um amadurecimento em relação ao homem impulsivo visto em temporadas anteriores. Ele não tenta justificar suas ações nem revidar os golpes, aceitando o peso de seus erros.
A intervenção de Economos, ao registrar formalmente a prisão de Chris, impede que ele desapareça sem deixar rastros. Esse gesto demonstra lealdade e também fortalece a crítica interna à forma como a ARGUS manipula regras e vidas humanas para interesses políticos.
Pacificador e a dimensão paralela como fuga emocional
O episódio ganha um contorno mais fantástico quando Chris decide abandonar a realidade e se refugiar em uma dimensão alternativa. Nela, encontra uma vida em que seu pai não é abusivo, seu irmão está vivo e ele pode assumir plenamente o papel de herói. Essa escolha, no entanto, é retratada como um mecanismo de fuga, um “curativo temporário” para feridas emocionais que permanecem abertas.
A mensagem é clara: fugir para outra realidade pode oferecer alívio imediato, mas não significa enfrentar os traumas. A metáfora da “sutura” presente no título do episódio reforça esse conceito, mostrando que Chris busca costurar artificialmente uma vida idealizada em vez de lidar com sua dor.
O papel de Vigilante e Adebayo em Pacificador
Enquanto Chris mergulha cada vez mais em seu isolamento, a série destaca o desenvolvimento de outros personagens. Adebayo, por exemplo, começa a estruturar sua própria empresa de segurança, mas se depara com a frustração de ser confundida por clientes como prostituta. Esse momento, apesar de cômico, também reforça sua busca por identidade e autonomia fora da sombra da ARGUS.
Já Adrian Chase, o Vigilante, é mostrado de forma ainda mais excêntrica, oscilando entre a inocência infantil e o desejo de ser reconhecido como aliado de Chris. Sua relação com Adebayo oferece equilíbrio, trazendo humor, mas também sugerindo uma parceria inesperada que pode ser vital para os episódios seguintes.
A ameaça de Red St. Wild e a salvação de Eagly
O antagonista Red St. Wild reaparece para tentar eliminar Eagly, o companheiro inseparável de Chris. A sequência, que mistura violência e simbolismo, culmina em uma cena surpreendente: Eagly lidera um grupo de águias que destroem o vilão. A cena reforça a ligação quase mística entre Chris e seu animal, além de funcionar como um momento catártico para os fãs.
A carta para Adebayo e a despedida dos 11th Street Kids
Antes de atravessar definitivamente para a dimensão paralela, Chris escreve uma carta de despedida para Adebayo, pedindo que ela cuide de seus amigos. Esse gesto sintetiza sua sensação de fracasso e sua necessidade de recomeçar em outro lugar.
A carta também funciona como elo narrativo para os personagens que permanecem na realidade original, incentivando Harcourt, Economos, Adebayo e até mesmo Vigilante a se unirem em uma possível missão de resgate. A promessa de que eles também podem atravessar a dimensão prepara o terreno para os episódios finais.
O final explicado do episódio 2×05 de Pacificador
O episódio termina com Chris e Eagly atravessando para a dimensão alternativa, onde ele reencontra o irmão e o pai em uma versão idealizada de sua vida. Ao lado deles, o Pacificador assume o papel de herói contra uma ameaça kaiju. A cena final, no entanto, é ambígua: enquanto Chris parece ter encontrado um propósito, a carta e os bilhetes deixados indicam que essa fuga não será definitiva.
O Mestre do Judô também atravessa para a nova dimensão, o que sugere que o confronto seguirá em outro plano. Paralelamente, os aliados de Chris planejam uma incursão para resgatá-lo, indicando que a decisão de abandonar a realidade terá consequências tanto para ele quanto para o grupo.
O título “Back to the Suture” reforça o tema central: Chris não curou suas feridas, apenas as costurou de forma superficial. O verdadeiro embate ainda será enfrentar os traumas que o perseguem, dentro ou fora da dimensão paralela.
Crítica: Back to the Suture é um dos episódios mais relevantes da temporada de Pacificador
Combinando ação, drama e fantasia, o episódio 2×05 de Pacificador (Peacemaker) é um dos mais relevantes da temporada. Ele redefine a posição de Chris Smith na narrativa, amplia o papel da ARGUS como força antagonista e prepara o terreno para os últimos capítulos. A escolha do protagonista de fugir para uma dimensão alternativa coloca em evidência o dilema central da série: até que ponto é possível escapar do próprio passado?
“Back to the Suture” não apenas avança a trama, mas também coloca os personagens diante de decisões que podem redefinir seu futuro, equilibrando humor, violência e reflexão emocional.
O que esperar do episódio 6 da 2ª temporada de Peacemaker?
A HBO Max já divulgou um trailer do que vem por aí na série, confira: