O décimo episódio de Outlander: Blood of My Blood, intitulado “Something Borrowed”, encerra a primeira temporada do spin-off com um capítulo que entrelaça emoção, política e prenúncios de guerra. A produção da Starz (exibida no Disney+ por aqui) entrega um season finale que conecta os universos da franquia Outlander, explorando as origens da família Fraser e dos Beauchamp, e preparando o terreno para os próximos conflitos. Leia a nossa crítica e recapitulação do final e o que esperar da 2ª temporada da série.
A união que nunca aconteceu
O episódio começa em 1920, em Londres, onde vemos a pequena Claire Beauchamp em sua festa de dois anos, ao lado dos pais, Henry e Julia, e do tio Lamb (George Kemp). A sequência abre e fecha o episódio, estabelecendo a ponte emocional entre a prequela e a série original. No século XVIII, em Castle Leoch, os preparativos de um casamento movimentam o clã MacKenzie — mas a noiva sob o véu não é quem o público esperava.
Um dia antes, Brian Fraser (Jamie Roy) e Murtagh (Rory Alexander) escapam de um ataque organizado por Colum (Seamus McLean Ross), revelando que o afastamento de Ellen (Harriet Slater) era uma tentativa de protegê-lo. Após descobrir que Colum quebrou a promessa de permitir seu casamento, Ellen decide fugir. “Ele quebrou sua palavra, e isso me liberta da minha”, diz a jovem, contando com a ajuda de Jocasta (Sadhbh Malin) e da Sra. Fitz (Sally Messham) para escapar.
No entanto, o destino se complica quando Malcolm Grant (Jhon Lumsden) intercepta o casal em fuga. O confronto termina de forma trágica, com Brian matando Malcolm em legítima defesa. Essa morte sela o rompimento entre os clãs e prenuncia a escalada de conflitos que dominará a próxima temporada.
Julia e Henry: o retorno às pedras
Enquanto Ellen e Brian enfrentam o perigo em Leoch, Julia (Hermione Corfield) e Henry (Jeremy Irvine) tentam retornar a Craig na Dun. Com o pequeno William nos braços e perseguidos por Seema (Lauren McQueen) e o Sr. Bug (Terence Rae), o casal chega às pedras sem saber se conseguirá atravessar. O episódio termina de forma ambígua, deixando o público sem respostas sobre o destino dos dois.
A incerteza das viagens no tempo é um dos eixos centrais da franquia Outlander, e “Something Borrowed” reforça essa tradição. O título do episódio remete tanto aos objetos simbólicos do casamento quanto à ideia de tempo “emprestado”, já que o amor e o destino de cada casal dependem das fronteiras entre os séculos.
Outlander: Blood of My Blood final explicado
A aparição do tio Lamb e a conexão com Claire
Os momentos ambientados em 1920 têm importância simbólica para os fãs da série principal. O tio Lamb, interpretado por George Kemp, é Quintin Lambert Beauchamp — arqueólogo que cria Claire após a morte dos pais. Em Blood of My Blood, ele surge em duas cenas que ampliam o vínculo emocional com a heroína de Outlander.
Em seu discurso durante a festa de aniversário, Lamb diz: “Para Claire, que todas as suas aventuras a levem longe, mas sempre a guiem de volta para casa”. As falas antecipam o destino da personagem, que passará a vida viajando entre tempos e lugares, mas sempre guiada pelo amor e pela busca por pertencimento.
A última cena do episódio, ambientada na estação de trem, mostra Henry e Julia acenando para a filha antes de embarcarem em sua última viagem. O gesto de Claire estendendo a mão para a mãe ecoa uma cena icônica da segunda temporada de Outlander, quando Claire repete o movimento com Jamie Fraser. É um espelhamento que conecta gerações e reforça o tema do tempo como um ciclo inevitável.
Dougal e Maura Grant: um novo elo entre clãs
O casamento que ocorre em Castle Leoch é, na verdade, entre Dougal MacKenzie (Sam Retford) e Maura Grant (Bobby Rainsbury). A união é arranjada às pressas para preservar a aliança política entre os clãs MacKenzie e Grant, após a fuga de Ellen.
Os fãs da série original já ouviram o nome de Maura Grant antes: ela é mencionada em Outlander como a primeira esposa de Dougal, morta antes dos eventos principais. A introdução dela aqui serve como elo narrativo entre as duas séries e oferece uma justificativa coerente para o futuro rompimento dos MacKenzie.
O prenúncio da rebelião jacobita
O final de “Something Borrowed” mostra Brian e Ellen observando cruzes flamejantes queimando no horizonte. O símbolo, recorrente na mitologia da franquia, representa a convocação dos clãs escoceses para a guerra. A cena confirma que a segunda temporada de Blood of My Blood avançará para 1715, quando a primeira grande revolta jacobita eclodiu.
Essa linha histórica já é conhecida pelos espectadores de Outlander, que acompanharam a Batalha de Culloden em 1746. A nova série, porém, mostrará o início desse movimento, liderado por figuras históricas como o Conde de Mar (Craige Els) e Rob Roy (Jamie Sives).
A iminência da guerra promete transformar o romance de Ellen e Brian em uma trama de resistência e sacrifício, aproximando o spin-off do tom político e trágico da série-mãe.
O impacto emocional e o futuro da franquia
Além das conexões históricas, o episódio também se destaca pelo impacto emocional. As cenas de Claire criança e o discurso do tio Lamb provocaram forte reação nas redes sociais, com fãs comentando o simbolismo e a nostalgia das referências à série original.
A temporada encerra duas histórias em aberto: o destino de Julia e Henry, que podem ter atravessado o portal temporal, e o futuro de Ellen e Brian, agora unidos, mas ameaçados pela guerra. A promessa de novos reencontros e tragédias garante fôlego à série e reforça sua importância dentro do universo Outlander.
O que esperar da 2ª temporada de Outlander: Blood of My Blood
A Starz já confirmou a produção da segunda temporada, atualmente em gravação na Escócia. A nova leva de episódios deve explorar a revolta jacobita de 1715 e o impacto das escolhas de Ellen e Brian sobre seus descendentes.
A expectativa é que Blood of My Blood continue expandindo as origens da linhagem Fraser e aprofunde os temas de lealdade e destino que definem o legado da série principal. Enquanto isso, os fãs aguardam o retorno da oitava e última temporada de Outlander, programada para estrear em 2026.
Crítica final de Outlander: Blood of My Blood
O episódio final “Something Borrowed” encerra a primeira temporada de Outlander: Blood of My Blood com força dramática e simbolismo. Ao equilibrar romance, tragédia e história, o spin-off reafirma o poder de Outlander em unir gerações e linhas do tempo através de personagens cujos destinos são moldados pelo amor e pela guerra.
Com o prenúncio da rebelião jacobita e o retorno de Claire à narrativa, a série deixa claro que sua história ainda está apenas começando.