De uma maneira inexplicável, quase toda a população da Terra adquiriu os mais variados tipos de super poderes. Tal fenômeno transformou a figura do super-herói em algo imprescindível na sociedade, sendo um cargo almejado por todos que buscam fama e status. Nesse mundo incrível, Izuku Midoriya sonha em seguir os passos de seu ídolo: o poderoso All Might. Porém, Midoriya nasceu sem “peculiaridade”. Sendo alguém comum no momento mais incomum da humanidade. Essa é a premissa básica de My Hero Academia (Boku no Hero Academia), um dos melhores mangás em circulação do momento e um dos animes em ascensão na primavera japonesa.
Escrito e ilustrado por Kōhei Horikosh, My Hero Academia carrega em seu DNA o cerne de toda boa história envolvendo super-heróis. Algo que parece escorrer pelos dedos de alguns executivos da parte ocidental do planeta, que insistem em fechar os olhos para o que esses personagens representam. E ainda acrescenta os toques característicos das melhores produções Shōnen, equilibrando diversão e ação.
No clássico estilo Jornada do Herói, Izuku Midoriya é o típico protagonista de fácil identificação. Sua eterna gana de nunca desistir dos sonhos, apesar da clara desvantagem, tornam a tarefa de acompanhar seu crescimento em algo prazeroso. Além de passar uma mensagem que sempre esteve presente nas HQ’s e mangás, um elo que liga esses dois elementos embrionários da cultura pop.
Mas o grande acerto de My Hero Academia é dar uma profundidade para a rivalidade entre vilões e super-heróis. Numa sociedade onde praticamente todas as pessoas possuem algum tipo de poder, o que difere as jornadas dos mocinhos e dos caras maus? Quando surge essa bifurcação na estrada? Escolha própria, afinal fazer o mal é mais divertido? Falta de oportunidades, como por exemplo de entrar na maior escola de super-heróis do Japão? São alguns dos pontos levantados ao longo da primeira temporada e que certamente estarão presentes no novo ano. Não é apenas virar super-herói, mas entender tudo que isso significa.
Claro que o tempo não é gasto apenas com tais questionamentos. Afinal, estamos falando de uma história repleta de pessoas com os mais variados poderes. Então temos uniformes extravagantes, apelidos nem um pouco humildes e cenas de ação de qualidade. Um prato cheio para quem busca diversão inteligente. Especialmente na segunda temporada do anime, que adapta o divertido arco do Festival de Esportes, onde os candidatos a super-heróis precisam mostrar todas as suas habilidades.
Aliás, a qualidade de My Hero Academia vai além da mente de Kōhei Horikosh. O anime é uma produção do estúdio Bones, que já lançou clássicos como Wolf’s Rain, Soul Eater, Fullmetal Alchemist e Fullmetal Alchemist: Brotherhood. Um currículo de peso que o coloca entre os grandes do Japão.
Com personagens carismáticos e uma trama envolvente, My Hero Academia – ao lado de Attack on Titan – é um dos grandes lançamentos da concorrida primavera japonesa. Uma prova de que os ocidentais não são os únicos que sabem trabalhar com os super-heróis. Apesar de o anime não constar no catálogo do Crunchyroll, a editora JBC é responsável por lançar os volumes do mangá no Brasil.
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