Dexter: Resurrection - Crítica da série (1ª temporada) Dexter: Resurrection - Crítica da série (1ª temporada)

O que esperar da 2ª temporada de Dexter: Resurrection

A 1ª temporada de Dexter: Resurrection chegou ao fim com o episódio “E Justiça para Todos…”, exibido em 5 de setembro de 2025, deixando os fãs diante de várias perguntas sem resposta. A morte de Leon Prater (Peter Dinklage), a revelação de uma rede global de assassinos e as novas escolhas de Dexter (Michael C. Hall) e Harrison (Jack Alcott) abriram espaço para desdobramentos mais complexos.

Se a Showtime e o Paramount+ confirmarem a 2ª temporada, a narrativa deve aprofundar os conflitos pessoais do protagonista, explorar novas ameaças e expandir o universo da franquia. A seguir, analisamos os principais pontos que a continuação pode abordar.

A rede global de serial killers: um gancho para a 2ª temporada

Um dos maiores ganchos deixados pela temporada foi a descoberta, por Dexter, de um conjunto de arquivos secretos no cofre de Leon Prater. Esses documentos revelam que o bilionário não agia sozinho, mas fazia parte de uma rede extensa de assassinos em série.

Esse material cita casos como o Estripador de Nova York, o Assassino de Yonkers e o Estropiador da Meia-Noite, deixando claro que existe um submundo organizado de homicidas que pode se tornar o foco central da 2ª temporada. O desafio para Dexter será lidar com o risco de expor seu próprio passado enquanto decide se enfrentará ou usará essas informações para proteger a si e a Harrison.

O impacto da morte de Leon Prater

O assassinato de Prater foi o clímax do episódio final, mas suas consequências ainda estão longe de se encerrar. A cena no cofre, com Dexter executando o ritual clássico do Açougueiro de Bay Harbor e, ao mesmo tempo, recusando-se a coletar uma lâmina de sangue, indica uma possível mudança no código do protagonista.

Com Prater morto, o vácuo de poder dentro da rede de assassinos pode desencadear disputas internas. Além disso, a ligação de Prater com figuras de influência política e policial, revelada durante a gala em sua mansão, pode colocar Dexter e Harrison no centro de um conflito muito maior, envolvendo autoridades e criminosos ao mesmo tempo.

Peter Dinklage e Michael C. Hall em cena da série Dexter: Resurrection
Créditos da imagem: divulgação

O futuro de Dexter e Harrison

A relação entre pai e filho foi o eixo narrativo da 1ª temporada e deve ser ainda mais importante na 2ª. O episódio final mostrou Harrison participando diretamente da morte de Prater ao aplicar a dose de cetamina que permitiu a Dexter concluir o ritual. Essa escolha pode ter consequências profundas para o desenvolvimento do personagem.

Dexter tenta proteger Harrison de seu lado sombrio, mas, ao envolvê-lo cada vez mais em seus métodos, corre o risco de empurrá-lo para um caminho sem volta. A decisão de permanecer próximo à família de Harrison, ao invés de fugir com uma nova identidade, também indica que o próximo capítulo deve explorar como esse núcleo lidará com a tensão entre desejo de normalidade e a natureza violenta que os cerca.

O retorno de Charley

Charley (Uma Thurman) sobreviveu aos eventos da temporada e abandonou Nova York ao lado da mãe, mas seu destino segue em aberto. Sua saída pode ser temporária, já que o envolvimento com o suposto suicídio de Mia — revelado nos arquivos de Prater — ainda pode trazer complicações.

Caso retorne, Charley pode atuar tanto como aliada quanto como inimiga, dependendo de como a série desenvolver a rede criminosa e o papel que Dexter assumirá diante dela.

O mistério do Estripador de Nova York

O Estripador de Nova York foi mencionado diversas vezes na temporada, mas sua identidade permanece desconhecida. Com a morte de Prater, que possuía registros detalhados sobre o caso, a 2ª temporada pode usar esse assassino como um dos antagonistas centrais.

Além de oferecer um novo inimigo, o Estripador pode ser peça-chave para desvendar o alcance da rede global de serial killers. É provável que Dexter, ao investigar mais profundamente esses arquivos, encontre conexões perigosas que o forcem a enfrentar um caçador tão habilidoso quanto ele próprio.

Harrison pode assumir o protagonismo na 2ª temporada

Um dos temas mais discutidos entre os fãs é a possibilidade de Harrison se tornar o verdadeiro protagonista da 2ª temporada. A participação direta na morte de Prater foi um marco importante para o personagem, indicando que ele não apenas entende o código de Dexter, mas também é capaz de segui-lo.

A série pode explorar Harrison como um “herdeiro do passageiro sombrio”, desenvolvendo seu próprio dilema moral entre abraçar seus impulsos e construir uma vida diferente da do pai. Caso esse caminho seja seguido, a narrativa pode alternar entre Dexter e Harrison, mostrando perspectivas opostas sobre a violência e a busca por justiça.

Além disso, Harrison representa um elo com uma nova geração de personagens. Sua relação com Gigi, Blessing e os conflitos familiares podem contrastar com os métodos clássicos de Dexter, trazendo novas dinâmicas para a história e preparando o terreno para uma possível passagem de bastão.

Uma possível inversão de papéis na 2ª temporada de Dexter: Resurrection?

A temporada finalizou com uma reflexão importante de Dexter sobre seu futuro. Ao decidir não desaparecer novamente, ele se coloca em posição de maior vulnerabilidade. Com a polícia de Nova York investigando a morte de Batista e os arquivos de Prater revelando pistas sobre o Açougueiro de Bay Harbor, existe a possibilidade de Dexter deixar de ser o caçador para se tornar a caça.

Se essa inversão de papéis se confirmar, a série pode explorar uma narrativa onde Dexter precisa equilibrar a manutenção de sua identidade secreta, a proteção de Harrison e a ameaça crescente de outros assassinos.

Expectativas para a 2ª temporada de Dexter: Resurrection

A 2ª temporada de Dexter: Resurrection deve:

  • Aprofundar a rede global de assassinos e suas conexões políticas.

  • Explorar o impacto emocional e psicológico da morte de Prater para Dexter e Harrison.

  • Trazer à tona a verdadeira identidade do Estripador de Nova York.

  • Desenvolver a tensão entre pai e filho, mostrando como o legado do passageiro sombrio se transfere para Harrison.

  • Ampliar os riscos para Dexter, colocando-o na mira de inimigos mais poderosos e da própria lei.

  • Estabelecer Harrison como potencial novo protagonista da franquia.

Dexter: Resurrection tem futuro promissor

Dexter: Resurrection terminou sua 1ª temporada com uma trama repleta de revelações, abrindo espaço para um futuro mais ambicioso. O destino de Dexter e Harrison, a ascensão da rede de serial killers e o mistério do Estripador de Nova York são elementos que podem transformar a continuação em um novo ponto alto da série.

Enquanto a Showtime não confirma oficialmente a renovação, os indícios deixados no final indicam que a próxima temporada deve explorar uma narrativa ainda mais complexa, onde Dexter poderá enfrentar inimigos tão perigosos quanto ele próprio — e, ao mesmo tempo, preparar Harrison para carregar o legado do passageiro sombrio.