O Narcisista (The Narcissist, 2019), dirigido por Max McGuire - leia a crítica do filme exibido no Lifetime O Narcisista (The Narcissist, 2019), dirigido por Max McGuire - leia a crítica do filme exibido no Lifetime

O Narcisista (The Narcissist, 2019) | Crítica | Lifetime

O Narcisista (The Narcissist, 2019), dirigido por Max McGuire, é um thriller para a TV que acompanha Nicole Weston (Amber Goldfarb), uma mãe solteira que vive com o filho adolescente, Jason (Sam Ashe Arnold). Nicole conhece Jonathan Selby (Damon Runyan), um professor aparentemente atencioso, e rapidamente desenvolve um relacionamento com ele. No entanto, a partir de interações e comportamentos específicos, surgem sinais de que Jonathan pode esconder segredos. Leia a nossa crítica a seguir:

A narrativa parte de uma situação de romance para evoluir para uma trama de suspeita e investigação pessoal. O roteiro, assinado por Vivian Rhodes, insere elementos comuns de dramas televisivos centrados em relações abusivas e manipulação emocional, construindo tensão a partir de situações cotidianas.

Estrutura dramática e ritmo

A estrutura do filme segue o modelo tradicional de telefilmes de suspense, com um primeiro ato dedicado à aproximação entre os personagens principais, um segundo ato com revelações graduais sobre o passado de Jonathan e um terceiro ato que concentra o conflito central.

O ritmo é constante, sem longos desvios narrativos, o que facilita o acompanhamento da trama. As informações sobre Jonathan são apresentadas aos poucos, geralmente a partir de diálogos e pequenos acontecimentos que provocam dúvida em Nicole. Esse formato busca manter o espectador atento às pistas, reforçando a tensão em momentos-chave.

O Narcisista (The Narcissist, 2019), dirigido por Max McGuire - leia a crítica do filme exibido no Lifetime

Personagens e elenco de The Narcissist

Amber Goldfarb constrói uma Nicole que transita entre a esperança de reconstruir a vida afetiva e a desconfiança diante de sinais de perigo. Damon Runyan interpreta Jonathan com um equilíbrio entre carisma e comportamento controlador, o que sustenta a ambiguidade do personagem. Sam Ashe Arnold cumpre o papel de filho preocupado, que tenta alertar a mãe sobre a relação.

O elenco de apoio aparece em momentos pontuais, com papéis funcionais para mover a trama, como amigos e familiares que fornecem informações ou ajudam na investigação. Essa abordagem mantém o foco na relação entre Nicole e Jonathan, que é o núcleo da história.

O Narcisista (The Narcissist, 2019) e a manipulação emocional em foco

O filme aborda o impacto da manipulação emocional e psicológica em relacionamentos afetivos. A trama também explora como sinais de comportamento abusivo podem ser sutis no início, tornando difícil para a vítima reconhecer o perigo.

Outro ponto presente é a confiança familiar, já que Jason, o filho de Nicole, tenta intervir para proteger a mãe, criando um conflito entre laços familiares e relações amorosas. Esse contraste sustenta boa parte do drama e das decisões tomadas pela protagonista.

Aspectos técnicos

A direção de Max McGuire mantém a narrativa centrada nos diálogos e nas interações, com enquadramentos que favorecem expressões faciais e reações dos personagens. A fotografia utiliza iluminação que alterna entre tons claros nos momentos de romance e tons mais sombrios nas cenas de tensão, reforçando a mudança de clima da história.

A trilha sonora acompanha a evolução da narrativa, com uso de temas discretos para criar expectativa. Não há exageros no design de som, mantendo o foco na construção dramática.

Final de O Narcisista

O clímax apresenta a confirmação das suspeitas de Nicole, resultando em um confronto direto com Jonathan. O desfecho segue a lógica interna da trama, fechando os arcos narrativos sem deixar questões abertas.

A resolução reafirma a mensagem central sobre reconhecer e agir diante de comportamentos manipuladores, especialmente em relações que começam de forma idealizada.

Considerações finais: O Narcisista (The Narcissist, 2019) é bom? Vale à pena assistir?

O Narcisista é um exemplo de produção televisiva que utiliza elementos clássicos do suspense doméstico para contar uma história de manipulação e descoberta. Com foco em poucos personagens e desenvolvimento direto, o filme cumpre a função de entreter enquanto explora temas pertinentes à dinâmica de confiança e perigo em relacionamentos.