O Elixir (The Elixir, 2025) - Crítica, fatos e curiosidades do filme indonésio de terror na Netflix O Elixir (The Elixir, 2025) - Crítica, fatos e curiosidades do filme indonésio de terror na Netflix

O Elixir (2025) | Crítica do Filme de Terror | Netflix

O terror indonésio O Elixir (The Elixir), que chegou à Netflix em 23 de outubro de 2025, combina mitologia local e o clássico apocalipse zumbi em uma narrativa sobre os limites da ambição humana. Dirigido por Kimo Stamboel (A Rainha da Magia Negra), o longa apresenta uma mistura de horror corporal, drama familiar e cenas de ação frenéticas, sustentadas por efeitos práticos bem executados. Leia a nossa crítica do filme de terror:

A busca pela juventude eterna que dá errado

A trama acompanha uma família que administra uma tradicional empresa de fitoterapia em uma vila próxima a Yogyakarta. Quando o patriarca, Pak Sadimin (Donny Damara), desenvolve um novo elixir que promete restaurar a juventude, os resultados parecem milagrosos — até que o experimento sai do controle. O efeito colateral transforma os consumidores em criaturas de pele dissolvida e olhos vidrados, dando início a uma contaminação em ritmo acelerado.

A alegoria é clara: a busca pela imortalidade acaba se tornando o gatilho para a própria destruição. Assim como em Eu Sou a Lenda e Invasão Zumbi, O Elixir explora a transformação do ser humano em predador movido por instinto. A ambientação rural reforça o senso de isolamento e vulnerabilidade, já que os personagens enfrentam o caos em um cenário sem recursos modernos ou meios de fuga.

Efeitos práticos e ação intensa de O Elixir

Os efeitos práticos de O Elixir são um dos pontos altos. O trabalho de maquiagem e o design das criaturas criam sequências visuais impactantes, com destaque para o modo como a pele dos infectados se desintegra em contato com o ar — um detalhe que remete ao horror físico de produções como A Bolha Assassina e A Experiência.

As cenas de perseguição também se destacam pelo ritmo. Os zumbis aqui são velozes, agressivos e incontroláveis, o que mantém a tensão constante. A chuva surge como elemento simbólico e narrativo, funcionando tanto como purificação quanto como obstáculo adicional para os sobreviventes.

Falhas narrativas e personagens confusos

Apesar da execução técnica sólida, O Elixir sofre com a inconsistência de seu roteiro. As decisões dos personagens frequentemente desafiam a lógica e enfraquecem o envolvimento do público. A comunicação precária entre eles gera situações repetitivas e previsíveis, o que dilui o impacto emocional da trama.

A falta de desenvolvimento de alguns integrantes da família central também compromete a imersão. Em um gênero em que a empatia é essencial para o suspense funcionar, a ausência de profundidade emocional limita o alcance dramático da história.

O Elixir (The Elixir, 2025) - Crítica, fatos e curiosidades do filme indonésio de terror na Netflix

Crítica de O Elixir, da Netflix: vale à pena assistir ao terror?

Visualmente eficaz, mas irregular. Diversão sem compromisso!

Com 116 minutos de duração, O Elixir apresenta um olhar local sobre o mito da vida eterna e as consequências do excesso humano. Embora não traga grandes inovações ao subgênero zumbi, o filme oferece bons efeitos práticos, ritmo enérgico e uma atmosfera de pânico sustentada por elementos culturais indonésios.

Para quem busca um terror de apocalipse com estética distinta e mortes criativas, O Elixir é uma opção eficiente dentro do catálogo da Netflix — mesmo que sua narrativa nem sempre acompanhe o impacto visual de suas criaturas.