Séries de ação de cunho militar existem aos montes por aí. O Atirador é só mais uma
Bob Lee é um exímio soldado, que pertencia ao exército americano. Ele decide se isolar nas florestas do Arkansas depois da morte de seu amigo, ao serem abandonados no território inimigo. Algum tempo depois, ele se vê forçado a voltar ao serviço para impedir uma tentativa de assassinato contra o presidente. Mas ele é enganado, sendo acusado de ter planejado o crime. Então, Bob se vê obrigado a encontrar o verdadeiro assassino, e assim desmascarar a farsa.
Já leu essa sinopse em algum lugar? Para quem acompanha filmes de ação em geral, trata-se da premissa do filme Atirador (2007) protagonizado por Mark Wahlberg e dirigido por Antoine Fuqua. O Atirador, série original da Netflix, possui a mesma sinopse com algumas leves mudanças. Não à toa Fuqua e Wahlberg estão envolvidos no projeto como produtores.
É praticamente a mesma coisa, com mais tempo para desenvolver nesse formato semanal. Tanto a série quanto filme se inspiram no livro Point of Impact (também título do primeiro episódio) de Stephen Hunter. O elenco não possui tanto brilho e o rosto mais conhecido é o de Ryan Phillippe que vive o Bob Lee da Netflix. O ator se destacou principalmente na década de 1990 com o público teen (hoje todos marmanjos) em filmes como Segundas Intenções e Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado.
Não que a história original seja de grande esmero. Mesmo sem conhecer de onde veio a inspiração, é tarefa fácil adivinhar a maior parte dos desmembramentos desse primeiro episódio. De novo mesmo talvez seja o lado “nerd” do herói, onde ele calcula tudo o tempo todo e isso não foi tão aprofundado no filme com Wahlberg.
O atirador parece existir apenas para preencher alguma lacuna apontada por possíveis pesquisa de preferência, mas que acaba entregando algo insosso ou já visto. Talvez seja um reflexo do aumento constante do catálogo de séries originais Netflix, ou apenas um tiro errado.