Novo Rico, Novo Pobre - crítica da novela colombiana da Netflix Novo Rico, Novo Pobre - crítica da novela colombiana da Netflix

Novo Rico, Novo Pobre (2025) | Crítica da Novela | Netflix

A novela colombiana “Novo Rico, Novo Pobre”, lançada pela Netflix no primeiro semestre de 2025, adapta uma produção de sucesso dos anos 2000 e chega com uma estrutura clássica: longos episódios, ritmo gradual e situações extremas. Ao longo de 62 capítulos, a trama aposta no melodrama e no humor social para narrar a história de dois homens que descobrem ter sido trocados ao nascer, o que muda completamente o rumo de suas vidas.

A trama de Novo Rico, Novo Pobre

A história começa há trinta anos, em um hospital rural onde duas famílias têm filhos no mesmo dia: os Ferriera, ricos e influentes, e os Galindo, trabalhadores e humildes. Uma enfermeira embriagada acaba trocando as pulseiras dos bebês, mudando o destino de ambos. Assim, Andrés Ferriera, criado entre luxos, é na verdade o filho biológico dos Galindo; já Brayan Galindo, criado com dificuldades, é o verdadeiro herdeiro dos Ferriera.

No presente, Andrés (Juan Guilera) é um empresário bem-sucedido, dono de uma startup chamada Cartsmart, mas emocionalmente distante e focado apenas nos negócios. Sua namorada, Fernanda Sanmiguel (Laura Barjum), o trai com seu primo Mateo López (Ricardo Mejía) e planeja se aproveitar da fortuna da família. Enquanto isso, Brayan (Variel Sánchez) tenta sobreviver como trabalhador autônomo, sonhando em se casar com Rosmery Peláez (Lina Tejeiro), sua companheira dedicada.

A vida dos personagens se entrelaça quando Rosmery, que trabalha na Cartsmart, é promovida a assistente de Andrés. A nova função aproxima os dois mundos e prepara o terreno para a revelação da troca de bebês, feita por uma enfermeira à beira da morte, que decide confessar seu erro a Antonia Ferriera (Marcela Agudelo).

Temas e ritmo narrativo

Novo Rico, Novo Pobre” segue a estrutura tradicional das novelas latino-americanas, explorando o contraste entre riqueza e pobreza, moral e ambição. A narrativa se desenvolve lentamente, com atenção aos laços familiares e às consequências sociais da troca de identidades.

O tom cômico de algumas situações alivia o melodrama, mas o foco está nas relações humanas e nas transformações dos protagonistas. A produção aposta em arquétipos bem definidos — o empresário frio, o sonhador humilde, a vilã ambiciosa — para construir um retrato exagerado, mas reconhecível, das desigualdades de classe.

Novo Rico, Novo Pobre - crítica da novela colombiana da Netflix

Comparações e referências

O enredo remete a produções como “Jane, A Virgin”, pela combinação de drama e ironia, e ao clássico filme “Trocando as Bolas”, de Eddie Murphy e Dan Aykroyd, que também explora a inversão social entre ricos e pobres. A versão da Netflix mantém o espírito folhetinesco da obra original de 2007, mas com uma estética moderna e elenco renovado.

Crítica final: vale a pena assistir a novela Novo Rico, Novo Pobre na Netflix?

A novela “Novo Rico, Novo Pobre” é voltada a quem aprecia o formato tradicional de telenovela, com dramas familiares, reviravoltas e conflitos de classe. Seu ritmo lento pode afastar quem busca histórias mais ágeis, mas o público acostumado a tramas longas encontrará entretenimento e emoção suficientes para acompanhar até o último episódio.

Para os fãs do gênero, o remake colombiano entrega exatamente o que promete: um melodrama clássico atualizado para o catálogo da Netflix, com personagens carismáticos e um enredo repleto de trocas de identidade, segredos e dilemas morais. Assista na Netflix.