Mohit Suri retorna ao romance musical com No Amor e na Música (Saiyaara), filme indiano lançado em 2025 e que acaba de chegar à Netflix. Conhecido por produções como Aashiqui 2 e Ek Villain, o cineasta mais uma vez aposta na combinação de melodrama, jovens apaixonados e trilha sonora envolvente. O resultado mantém a tradição de Bollywood em contar histórias de amor que equilibram dor, sacrifício e esperança, ainda que com elementos já familiares ao público. Leia a crítica:
No Amor e na Música e a história de Krish e Vaani
A trama acompanha Krish Kapur (Ahaan Panday), um cantor impulsivo e temperamental que sonha com o sucesso. Ele cruza o caminho de Vaani Batra (Aneet Padda), jornalista em ascensão que vive as consequências de ter sido abandonada no altar. O destino une os dois quando Krish encontra o diário de Vaani, repleto de letras de músicas, e transforma os escritos dela em canções que conquistam popularidade.
O romance nasce dessa parceria, mas o filme não evita os tropeços do gênero. Obstáculos, mal-entendidos e separações marcam o percurso do casal, levando a narrativa para o dilema central: será que eles conseguirão superar as barreiras emocionais e sociais para ficarem juntos?
Estreia de Ahaan Panday e força de Aneet Padda
Um dos pontos de maior interesse em No Amor e na Música é a estreia de Ahaan Panday, que encara um papel de forte carga dramática logo em seu primeiro trabalho no cinema. Como Krish, ele alterna momentos de intensidade e vulnerabilidade, construindo um protagonista com nuances.
Já Aneet Padda, no papel de Vaani, assume a espinha dorsal emocional do filme. Sua interpretação confere naturalidade a uma personagem dividida entre frustrações passadas e o desejo de recomeçar. A química entre os dois sustenta a narrativa e dá credibilidade ao arco romântico, tornando o casal central crível para o público.
A música como fio condutor do filme indiano
Assim como em outros trabalhos de Mohit Suri, a trilha sonora desempenha papel essencial. Assinadas por Tanishk Bagchi, Arslan Abdullah e Faheem Nizami, as canções expressam o estado emocional dos personagens e reforçam os temas do filme. Faixas como a balada-título e “Tum Ho Toh” se destacam, evocando a tradição dos musicais de Bollywood em que a música não apenas acompanha, mas conduz a história.
A assinatura de Mohit Suri na direção
O diretor resgata fórmulas que marcaram sua carreira: romances trágicos, personagens atormentados e melodias que ecoam além da tela. Ainda que muitos pontos da trama remetam a outros títulos do cinema indiano e até a produções internacionais, a direção aposta na emoção direta, mirando especialmente o público jovem que consome histórias de amor intensas e carregadas de sacrifícios.
Embora não traga grandes novidades, No Amor e na Música encontra força na entrega dos atores e no apelo universal da música como linguagem do amor. O filme dialoga tanto com a geração acostumada aos romances clássicos quanto com os espectadores atuais, que buscam narrativas emotivas em plataformas de streaming.
Crítica: vale à pena assistir No Amor e na Música (Saiyaara)?
No Amor e na Música (Saiyaara) reafirma Mohit Suri como um diretor fiel ao gênero que o consagrou. A estreia de Ahaan Panday e a atuação de Aneet Padda formam o núcleo do longa, sustentado por uma trilha sonora marcante. Disponível na Netflix (assista aqui), o filme pode não reinventar a narrativa romântica, mas entrega uma experiência alinhada às expectativas de quem procura emoção e música no cinema indiano contemporâneo.