Desmembramentos de Os Defensores abre espaço para conjecturas sobre o que vem por aí na parceria entre Marvel e Netflix
Após a concepção de Os Defensores, podemos concluir que o nascimento do universo Marvel na Netflix trouxe muito mais alegrias do que tristezas. Momentos felizes e empolgantes foram embalados por Charlie Cox na pele de Matt Murdock / Demolidor de forma unânime. Mesmo não agradando a todos, Jessica Jones e Luke Cage conseguiram trazer representatividade e um tanto mais de dramaticidade a esse universo. Já Punho de Ferro, bem, esse é quase indefensável.
Mas, além de tudo, Os Defensores conseguiu introduzir alguns conceitos dos quadrinhos que muitos fãs aguardavam. Um dele é a interação entre Luke Cage e Punho de Ferro, um verdadeiro bromance na Marvel que tem tudo para render frutos futuramente. Mas há muito mais coisas para tratarmos aqui, no que diz respeito a conjecturas.
Primeiramente, Misty Knight. Vivida pela talentosa Simone Missick, a personagem introduzida na série Luke Cage é conhecida nas HQs da Marvel Comics por ser uma ex-policial, onde respeitava a lei e lutava para aplicá-la na maior parte do tempo. E é justamente esse o ciclo dramático dessa mulher desde Luke Cage até Os Defensores, culminando assim no seu braço amputado por Bakuto. Para ficar como nas HQs da Marvel Comics, Misty agora só precisa de uma alma genial do MCU para colocar um braço mecânico ali (Tony Stark? Consertador?). Essa prótese já teve diversas versões nos quadrinhos, onde algumas versões possuíam raio repulsor, campo repulsor anti-gravidade, tecnopatia, magnetismo, rajadas concussivas e até mesmo uma rajada criogênica. Muita piração para o orçamento enxuto da Netflix, mas quem sabe?
Feito isso, faltaria apenas um atributo para que essa Misty se torne a mesma das HQs em sua essência: a habilidade como exímia lutadora marcial. Gatilho (ou gancho) perfeito para trazer Colleen Wing nesse balaio. Jessica Henwick foi quem deu vida a essa personagem desde o defeituoso Punho de Ferro, tendo nela alguns dos melhores momentos da série, principalmente naquelas lutas clandestinas, usando a alcunha de Filha do Dragão. Bela referência, uma fez que Filhas do Dragão é o nome de batismo dessa sensacional parceria entre Colleen e Misty nos quadrinhos. Chris Claremont e John Byrne foram os criadores dessa equipe, durante uma luta com Davos.
Fica a dica para a Netflix. Unir suas séries para criar novas, como Filhas do Dragão ou até mesmo Heróis de Aluguel, poderia trazer novos ares para o mal elaborado núcleo de Kun-Lun, tão carente de autenticidade e investimento, monetário e narrativo. Aparentemente, os cabeças do MCU na TV estão planejando algo do tipo, visto que houve uma agradável aproximação entre as duas personagens em questão. Seria possível uma série das Filhas do Dragão, como as revistas da Marvel Comics mostraram? As coisas estão caminhando para isso, e Colleen já pode começar a ensinar uns golpes para a senhorita Knight.