A estreia de Marvel Zumbis no Disney+ marca mais uma incursão da Marvel Studios na animação, agora com classificação TV-MA, algo inédito dentro do Universo Cinematográfico Marvel. Dirigida por Bryan Andrews e escrita em parceria com Zeb Wells e Robert Kirkman, a série expande o episódio “What If… Zombies?!” de 2021, oferecendo quatro capítulos que mergulham em um MCU devastado por uma praga mortal. Leia a nossa crítica da animação:
A história de Marvel Zumbis
Ambientada cinco anos após o colapso da civilização, a trama acompanha um grupo de sobreviventes liderados por Kamala Khan, a Ms. Marvel (Iman Vellani). Ao seu lado estão nomes como Ironheart (Dominique Thorne), Kate Bishop (Hailee Steinfeld), Shang-Chi (Simu Liu) e Yelena Belova (Florence Pugh), que buscam resistir ao avanço dos mortos-vivos. A maior ameaça, no entanto, é a chamada Rainha dos Mortos, Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), que mantém parte de sua consciência e se torna a principal vilã da série.
A narrativa não inova em relação ao gênero zumbi, mas aproveita bem a ambientação do MCU. Locais familiares reaparecem em versão apocalíptica, alianças improváveis se formam e personagens queridos encaram destinos brutais, algo incomum nas produções principais da Marvel.
Estilo de animação e limitações
O estilo visual segue o traço de What If…?, com cenários bem construídos e sequências de ação elaboradas. No entanto, os personagens ainda sofrem com expressões faciais rígidas e pouco naturais, o que prejudica a carga emocional em alguns momentos. A dublagem ajuda a compensar, mas diálogos expositivos reforçam a sensação de artificialidade em certas cenas.
Por outro lado, quando a ação toma conta, a animação ganha ritmo e intensidade, aproximando-se de uma estética quase de anime em batalhas grandiosas. É nesse terreno que Marvel Zumbis entrega seu melhor, explorando poderes de forma criativa e sem a “armadura da trama” que geralmente protege heróis do MCU.
O peso da violência
A classificação para adultos é usada ao máximo. Há sangue, decapitações e cenas de carnificina que exploram os limites do que já se viu em animações da Marvel. Para fãs de quadrinhos e de filmes de zumbi, essa é uma oportunidade de ver personagens icônicos em situações que dificilmente chegariam às telas live-action.
Conexões e referências de Marvel Zumbis com o MCU
Parte do apelo da série está nos easter eggs e nas conexões com o universo maior. A Balsa, prisão de segurança máxima, é transformada em refúgio contra zumbis, enquanto Blade aparece como avatar de Khonshu, mesclando elementos de diferentes franquias. Essas escolhas reforçam a sensação de liberdade criativa, mesmo que a série não se desprenda totalmente da estrutura já conhecida de What If…?.
Crítica: Marvel Zumbis é uma boa animação no Disney+?
Marvel Zumbis é uma produção que se equilibra entre acertos e limitações. Entrega violência estilizada, boas ideias de ação e uma visão alternativa do MCU, mas esbarra em problemas de animação e numa narrativa que nem sempre arrisca. Ainda assim, funciona como um entretenimento sólido para quem busca algo mais sombrio no catálogo da Marvel Studios no Disney+ (clique aqui para assistir)