Primeira aparição de Claire em Punho de Ferro e heroísmo de Danny Rand são os destaques do 5º episódio!
Após descobrir uma nova droga sintética no mercado (que tem relação com sua origem) ao final de “Palma dos oito trigramas”, Danny Rand (Finn Jones) investiga mais sobre o produto afim de brecar a distribuição em larga escala em Nova York. Destaque para a caprichada cena de abertura mostrando as vendedoras lidando com os clientes. Agora, o Punho de Ferro precisa encontrar um meio de impedir que as Empresas Rand continue contrabandeando à mando da Tentáculo.
Claire Temple (Rosario Dawson) faz sua estreia finalmente. Após aparecer em todas as temporadas de todas as séries da parceria Marvel / Netflix até então, faltava a aparição dela em Punho de Ferro. É difícil fazer a ligação da personagem com todas as outras séries, e aqui ela aparece treinando na academia de Colleen Wing (Jessica Henwick). Durante uma constrangedora refeição com as duas, Danny fala um pouco mais sobre sua história em K’un-lun e sobre seu amigo Davos, personagem presente nas HQs que ainda não deu as caras no programa. Apesar de forçada, são cenas agradáveis para projetarmos ainda mais o que está por vir com Os Defensores, série que unirá a galera de Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro num balaio só.
Voltando ao problema das drogas, de um lado temos Ward e Joy Meachum (Jessica Stroup) lidando com a parte empresarial, e do outro Danny Rand mostrando na série seu lado heroico. Apesar da queda na qualidade do último episódio, é interessante que isso comece a ser trabalhado cedo. Ele pede a ajuda de Colleen nessa empreitada. As cenas que precedem a ação são desastrosas, com diálogos pontuados por citações aparentemente tiradas de biscoitinhos da sorte e uma tentativa de aproximação romântica entre Danny e Colleen, algo anti-climático durante qualquer missão.
Nesse ponto já podemos apontar um grande defeito da série Punho de Ferro, que é a falsa vertente cultural asiática (que são várias). Esse excesso de descrições de Danny Rand quando trata de K’un-lun não faz efeito algum com a empatia do espectador, ponto que poderia ser muito bem resolvido com flashbacks pontuais. Como isso não ocorre, soa falsa qualquer tentativa de inserção dessas culturas na tela. Ter uma personagem japonesa como Colleen Wing também dificulta nesse entendimento, acaba ficando uma mistura complicada para o entendimento de quem assiste pois o roteiro não trabalha adequadamente para discernir uma cultura da outra.
O desfecho, no entanto, deixa uma impressão otimista para o restante da temporada, uma vez que o lado heroico de Danny Rand está aflorando, apesar de toda a ingenuidade do personagem que está mal escrito e tem sua curva de aprendizado inconstante.
Marvel – Punho de Ferro está disponível para os assinantes Netflix.