Mansão Mal-Assombrada Mansão Mal-Assombrada

Mansão Mal-Assombrada desperdiça bom elenco em roteiro fraco

A Disney tem adotado abordagens misteriosas no lançamento de seus filmes, chegando ao ponto de lançá-los sem que haja publicidade suficiente para que as pessoas estejam cientes das histórias que estão sendo lançadas. É o “Mansão Mal-Assombrada“, longa inspirado em uma das atrações mais antigas de seus parques, cuja existência me surpreendeu repentinamente. No entanto, ao competir com os lançamentos mais recentes no cinema, como “Barbie“, essa história acabou sendo ofuscada e muito mal aproveitada, embora apresente um elenco notável e uma trama centrada em temas intrigantes, como o luto, que é habilmente abordado ao longo da narrativa.

Mansão Mal-Assombrada se passa em Nova Orleans, que já tem uma certa fama sobrenatural e que serve como cenário perfeito para essa história. Na trama, uma mãe e seu filho, Gabbi (Rosario Dawson) e Travis (Chase Dillon), vão morar numa mansão e de cara descobrem que a diaba é amaldiçoada, com diversos fantasmas e diversas aparições andando para lá e para cá. Eles vão atrás de ajuda na figura de um padre (Owen Wilson, que faz o mesmo papel de sempre), que vai atrás de Ben Matthias (LaKeith Stanfield), um ex-físico que trabalha como guia turístico da cidade, apresentando os pontos assombrados da cidade – mesmo que ele não acredite em fantasmas.

Apesar de ter outros nomes grandes no seu elenco, como Danny de Vito, Tiffany Haddish e Jamie Lee-Curtis, o filme tem um roteiro fraquíssimo e que não dá tanto espaço para os personagens brilharem, mesmo eles se esforçando muito – e sendo basicamente a melhor coisa, principalmente a vidente de Tiffany e o professor de Danny de Vito. Além disso, não há um tom sequer de originalidade, sendo tão genérico que fica maçante assistir, com poucos momentos realmente divertidos, apesar de ser vendido como um “terrir” (terror para rir). As pitadas de drama que falam sobre luto são muito mais interessantes do que qualquer assombração, ou mesmo que o vilão (que pega emprestado a voz de Jared Leto, o que não faz sentido, pois está tão distorcida que não dá para identificar que é ele), cujo passado é pesado, mas não consegue ser tão ameaçador assim. O que é um feito e tanto, porque ele é um espírito maligno e muita gente tem cagaço disso.

Apesar da classificação de Mansão Mal-Assombrada ser de 12 anos, é algo que pode ser facilmente assistido pela família toda naquela tarde de preguiça, afinal, ele não é de todo ruim. Apesar dos diálogos mecânicos e o roteiro fraco, os momentos divertidos são realmente divertidos, mesmo que poucos. E, friso novamente, a temática bem trabalhada sobre o luto é algo que vale a pena ser assistido – sendo inclusive acessível para crianças, uma vez que é apresentada de maneira bastante compreensível.