Legion está cada vez mais insana, mesmo na reta final da temporada
Após o final do último episódio (já leu nosso review?), o melhor da temporada até então, temos mais uma quebra narrativa em Legion, onde dessa vez temos a inversão de praticamente todos os personagens da trama, que volta para a mesma ambientação da estréia da série: o hospital psiquiátrico.
David, Ptonomy, o Olho, Carrie (e Kerry), Melanie e Syd estão todos no mesmo local do capítulo 1, mas dessa vez sabemos claramente que se trata de algum tipo de realidade ou plano criado por David Haller, ou melhor, pelo parasita que habita sua mente há muitos anos. Em alguns momentos ele é representado por Lenny (Aubrey Plaza, que aqui ainda oferece incrível exibição musical) já em outros quem comanda é a criatura de olhos amarelos, o já confirmado Rei das Sombras.
Apesar de arrastada, a primeira metade se dedica a estabelecer essa nova dinâmica entre os personagens, sendo conduzida com tamanha qualidade que chega a criar a dúvida (mesmo que vã) a respeito da existência de fato daquele ambiente em Legion.
Porém, fora desse plano há todo um clímax rolando, que é exatamente onde o episódio anterior parou. É como se o tempo tivesse congelado, onde Oliver Bird (residente do plano astral) está tentando comunicação com os mutantes afim de evitar que os tiros destinados a David e Syd não atinjam o alvo. Vemos então de forma gradativa cada um dos personagens criarem alguma desconfiança sobre a realidade que os cerca. Do ponto de vista prático, esse episódio se passa em poucos ou nenhum segundo da realidade, e isso é sensacional.
O recente anúncio de renovação da série traz um certo conforto, pois é incrível a liberdade artística cedida a Noah Hawley na concepção de Legion para a TV. Claro que, por se tratar de um personagem sem muitos fãs no quadrinhos, o criador não sofrerá com muita pressão caso no fim das contas a audiência não corresponda. Mas saber que uma segunda temporada vai ocorrer é garantia de que não teremos uma trama inacabada.