Largados e Pelados Apocalipse - crítica do reality show da HBO Max Largados e Pelados Apocalipse - crítica do reality show da HBO Max

Largados e Pelados: Apocalipse | Crítica da Série | HBO Max

A franquia Largados e Pelados chega a um novo cenário com Largados e Pelados: Apocalipse, spin-off que estreou recentemente na HBO Max. Inspirado no formato clássico do programa da Discovery Channel, o reality coloca um grupo de doze sobreviventes em um ambiente devastado por um suposto colapso global. A proposta mistura os elementos tradicionais da franquia — como a nudez, a escassez de recursos e os desafios de convivência — a uma ambientação que simula o fim da civilização. Confira a crítica do episódio 1.

Largados e Pelados: Apocalipse Episódio 1 | Crítica

Um novo contexto para o mesmo formato

Desde sua criação em 2013, Largados e Pelados se consolidou como um dos reality shows de sobrevivência mais populares da TV. A proposta de colocar desconhecidos nus em locais hostis, com apenas um item pessoal e o objetivo de resistir por 21 dias, se tornou uma marca registrada. O sucesso levou à criação de versões como XL (com desafios de 40 dias) e Solo (com competidores individuais).

Largados e Pelados: Apocalipse tenta atualizar o conceito ao transportar os participantes para uma paisagem que evoca um cenário pós-desastre. Entre ruínas e restos de civilização, eles precisam se adaptar a um novo tipo de sobrevivência: não mais em florestas virgens, mas em um ambiente que mistura sucata, escombros e recursos artificiais. A ideia, no entanto, divide opiniões entre os fãs da franquia.

Semelhanças com outros spin-offs

Parte do público notou a semelhança de Apocalipse com Largados e Pelados: Náufragos (Castaways), lançado em 2023. Assim como naquele programa, os competidores são divididos em equipes que precisam formar alianças, construir abrigos improvisados e buscar alimentos em meio ao caos. No entanto, a nova versão se mostra menos brutal do que os desafios clássicos, já que o cenário “urbano abandonado” oferece mais materiais e abrigo do que os ambientes selvagens originais.

Essa abundância reduz parte da tensão que tornava o formato tão envolvente. A sensação de risco extremo, típica da série principal, é substituída por uma dinâmica mais próxima de um experimento social sobre convivência em grupo e disputa de liderança.

Conflitos e destaques do primeiro episódio

O episódio de estreia apresenta quatro equipes com níveis diferentes de harmonia e preparo. O trio formado por Steven, Frank e Alexa se destaca pela organização e eficiência. Apesar de um pequeno acidente envolvendo metal cortante, eles conseguem construir um abrigo sólido e encontrar alimento logo nos primeiros dias.

Outro grupo forte é o de Wes, Miranda e Steve, que aproveita os restos de uma construção abandonada como base. A escolha demonstra inteligência tática, mas o histórico de desistências de Wes levanta dúvidas sobre sua permanência até o final do desafio.

Largados e Pelados Apocalipse - crítica do reality show da HBO Max

As outras equipes enfrentam dificuldades mais graves. W, Teal e Russell sofrem com a falta de sintonia, agravada por sinais de insolação do último. Já o trio de Amber, Joe e Kelly se envolve em discussões intensas sobre caça e divisão de tarefas, com um conflito em torno da decisão de matar — ou não — um lagarto para se alimentar. Esses atritos dão o tom dramático do episódio e evidenciam o quanto o psicológico é determinante no programa.

Crítica de Largados e Pelados: Apocalipse

Um início morno, mas promissor: vale à pena assistir ao reality na HBO Max?

O ritmo do primeiro episódio é considerado lento, com foco excessivo na apresentação dos grupos e pouca ação concreta. Ainda assim, o spin-off demonstra potencial ao explorar um novo tipo de ambiente e ao propor reflexões sobre a sobrevivência em um planeta destruído.

Largados e Pelados: Apocalipse não reinventa a fórmula da franquia, mas oferece uma variação temática interessante para quem acompanha o reality há mais de uma década. O desafio, agora, é mostrar se os competidores conseguirão se adaptar não apenas à natureza, mas também às consequências do próprio mundo humano em colapso.