Império de Amsterdã (2025) - crítica, fatos e curiosidades da série holandesa da Netflix Império de Amsterdã (2025) - crítica, fatos e curiosidades da série holandesa da Netflix

Império de Amsterdã (2025) | Crítica da Série | Netflix

A Netflix lança a série holandesa Império de Amsterdã (Amsterdam Empire), um drama policial que mistura luxo, ambição e vingança no coração da cidade conhecida por seus coffee shops. Criada por Piet Matthys, Nico Moolenaar e Bart Uytdenhouwen, e dirigida por Jonas Govaerts e Max Porcelijn, a produção conta com sete episódios de cerca de 45 minutos cada. O elenco é liderado por Famke Janssen, ao lado de Jacob Derwig, Elise Schaap e Jade Olieberg.

A trama de Império de Amsterdã

A história começa com um atentado contra Jack van Doorn (Jacob Derwig), o carismático e poderoso dono de um império de cafeterias chamado The Jackal. A partir daí, a série retrocede no tempo para revelar como seu estilo de vida, sustentado por fama, riqueza e infidelidades, começou a ruir. No centro dessa decadência está Betty Jonkers (Famke Janssen), sua esposa, que decide reagir com força após ser surpreendida por um pedido de divórcio.

A partir desse ponto, Império de Amsterdã se transforma em uma guerra silenciosa entre Jack e Betty — uma batalha de egos, segredos e traições que ameaça destruir tudo o que construíram. O cenário é o submundo do comércio de cannabis em Amsterdã, explorado como pano de fundo para uma disputa que vai muito além dos negócios.

Entre o luxo e o caos

Visualmente, a série é impecável. A fotografia captura com riqueza a vida noturna, os canais e o contraste entre o glamour e o caos da capital holandesa. A produção transmite o ritmo de uma cidade onde o poder e o dinheiro se misturam à corrupção e à ambição. No entanto, sob o brilho das luzes de néon, a narrativa nem sempre encontra consistência.

O principal problema está no tom desigual: em alguns momentos, Império de Amsterdã se apresenta como um thriller policial de ritmo intenso; em outros, mergulha no melodrama, aproximando-se de uma novela sobre casamentos destruídos e vinganças pessoais. Essa oscilação compromete o impacto emocional da história e distancia o espectador dos personagens.

Personagens e atuações

Famke Janssen se destaca como Betty, trazendo energia e complexidade à mulher traída que decide enfrentar o marido em um jogo perigoso. Seu retorno a um papel em língua holandesa é um dos pontos altos da produção. Jacob Derwig também entrega uma boa performance como o empresário sedutor e ambíguo, embora o roteiro não explore totalmente suas motivações.

Império de Amsterdã (2025) - crítica, fatos e curiosidades da série holandesa da Netflix

O triângulo amoroso entre Jack, Betty e Katja (Jade Olieberg) tem potencial, mas o desenvolvimento é limitado. Da mesma forma, personagens secundários como Marjolein Hofman (Elise Schaap) aparecem apenas para sustentar o conflito principal, sem espaço para evolução.

Crítica: vale à pena assistir a série Império de Amsterdã na Netflix?

Império de Amsterdã tem uma proposta interessante e um visual atraente, mas tropeça na execução. A série tenta equilibrar drama familiar e crime corporativo, sem encontrar uma identidade clara. Apesar disso, há momentos em que a produção funciona — especialmente quando se concentra no império dos coffee shops e na política que envolve o negócio da maconha.

No fim, o resultado é uma série que oferece glamour e intrigas em igual medida, mas que deixa a sensação de que poderia ter sido mais envolvente. Ainda assim, o retorno de Famke Janssen à televisão europeia e o olhar sobre a Amsterdã moderna tornam Império de Amsterdã um título curioso dentro do catálogo internacional da Netflix.