Segunda temporada da série de Viola Davis chega ao Netflix
Durante participação no programa de Ellen DeGeneris Viola Davis deixou bem claro: sem mais cenas de sexo para a protagonista Annalise Keating. Ao menos não da mesma forma que tem sido retratado. O motivo por tal pedido não é em vão e vamos explicar.
A estrutura é praticamente a mesma da primeira temporada de How to Get Away with Murder, com o momento chave de convergência de deslocando um pouco, além da inserção de flashback de dez anos atrás para explicar as origens de Wes (Alfie Enoch).
Como podemos criar alguma empatia se personagem algum nos estende a mão? São todos se traindo praticamente o tempo todo, a trama exageradamente acelerada dando aquele criticado tom de videoclipe, e as cenas de sexo ao som de música eletrônica. Os milhares de furos no roteiro poderiam até serem perdoados se os acontecimentos se dessem numa velocidade mais orgânica. Em dado momento, as mentiras acumuladas são tantas que passamos a acreditar em algumas ou até não se importar com outras, pois sabemos que tudo aquilo sofrerá uma reviravolta em breve.
Viola Davis continua se destacando, mas é preciso por as mãos na consciência. Para a segunda temporada de How to Get Away with Murder só faltou ela resolver as coisas em 24 horas para chamá-la de Jack Bauer. O resto do elenco (com exceção de Alfie) continua tendo participações com destaques pontuais bem distribuídas, ao menos há coerência no meio dessa bagunça. Uma adição positiva é a de Eve (Famke Janssen, a antiga Jean Grey de X-Men), um rosto novo e uma atriz de presença que tenta equilibrar as coisas.
Ao menos no finalzinho, aos 44 do segundo tempo, o desfecho deu alguma luz para um bom andamento na terceira temporada, onde é possível fugir da mesmice e se apoiar menos numa atriz que com certeza se destaca, mas não é capaz de operar milagres.