Hotel Hazbin - 2ª Temporada - crítica da animação do Prime Video Hotel Hazbin - 2ª Temporada - crítica da animação do Prime Video

Hotel Hazbin – 2ª Temporada | Crítica da Série | Prime Video

A segunda temporada de Hotel Hazbin chega ao Prime Video mantendo o espírito provocador, musical e caótico que transformou a animação de Vivienne Medrano em um fenômeno dentro e fora da plataforma. Depois do confronto sangrento envolvendo anjos, Charlie Morningstar tenta reconstruir o hotel e o próprio ideal de redenção que conduz a série desde o início. A nova leva de episódios aprofunda conflitos, amplia a dinâmica entre os personagens e abre caminho para revelações importantes que já preparam o terreno para as temporadas futuras. Confira a crítica:

2ª Temporada de Hotel Hazbin: o ponto de partida

O ponto de partida desta nova fase é o impacto direto do massacre que encerrou o primeiro ano. O hotel volta a funcionar, mas atrai uma multidão de pecadores interessados em matar anjos, não em buscar redenção. Esse desvio de expectativas coloca pressão imediata sobre Charlie, que ainda lida com o trauma da morte aparente de Sir Pentious. A recepção hostil do público à sua proposta pacifista reforça o dilema central da série: o que significa, de fato, mudar dentro de um ambiente construído sobre violência e punição?

A temporada explora essas tensões com mais densidade dramática, especialmente quando o trio dos Vees assume o papel de principal força antagonista. Vox articula uma campanha difamatória para transformar Charlie em ameaça pública e, com a ajuda de Valentino e Velvette, inicia um movimento para dominar Céu e Inferno. A narrativa combina manipulação midiática, política interna e disputas de poder, ampliando a escala da série e reforçando a crítica ao espetáculo e à influência dos magnatas da informação.

E como andam as coisas no céu?

Enquanto isso, o Céu enfrenta suas próprias contradições diante da possibilidade real de redenção. A série investe em revelações sobre o passado de alguns personagens, incorporando flashbacks que ajudam a contextualizar seus pecados e motivações. Esses momentos colaboram para fortalecer o tema da temporada: a redenção é possível, mas não universal, e nem todos desejam — ou merecem — um recomeço.

Mesmo com o foco maior no drama e em conflitos estruturais, o musical continua sendo o coração da série. As canções seguem variadas, visualmente ricas e essenciais para o desenvolvimento emocional dos personagens. O elenco de apoio se destaca como nunca, e figuras como Angel Dust, Husk, Cherri Bomb e o recém-chegado Baxter ganham espaço e músicas que ajudam a expandir suas trajetórias. Em contrapartida, os arcos de Charlie e Vaggie são mais discretos, ainda que apoiados por números musicais marcantes.

Se há um ponto menos eficiente nesta nova temporada, ele surge no humor. Embora ainda existam cenas inventivas, a série recorre com mais frequência a momentos guiados pela negatividade ou a piadas que não se integram organicamente ao roteiro. Nada que comprometa a experiência geral, mas que diferencia o tom em relação ao frescor do primeiro ano.

Hotel Hazbin - 2ª Temporada - crítica da animação do Prime Video

A 2ª temporada de Hotel Hazbin também intensifica um mistério recorrente: os eventos ocorridos sete anos antes e que envolvem a ausência de Lilith, a mãe de Charlie, e o sumiço de Alastor. As pistas adicionadas ao longo dos episódios indicam que a revelação futura terá impacto direto na jornada da protagonista e no destino do próprio Inferno.

Crítica: vale à pena assistir à 2ª temporada de Hotel Hazbin no Prime Video?

Com música afiada, visual em constante evolução e um leque de conflitos que ampliam o escopo narrativo, Hotel Hazbin mantém sua identidade e prepara o público para o que vem pela frente. A série segue crescendo em ambição e promete desdobramentos ainda maiores nas temporadas já confirmadas. Para quem acompanha a animação desde o início, a nova temporada entrega exatamente o que se espera: caos, ritmo e uma dose constante de redenção — mesmo quando o Inferno insiste no contrário.