Série de curtas histórias de Guerras Secretas abrange os mais bizarros locais do Mundo Bélico
Guerras Secretas, megaevento da Marvel Comics que está próximo de seu final no Brasil pela Panini, teve seus momentos de altos e baixos como toda grande saga oferece, mas num quesito o resultado foi satisfatório: a experimentação. Diversos formatos foram testados no decorrer de tantas revistas, e Mundo Bélico é uma opção válida quando a intenção é entender o evento através de curtas histórias.
Na edição 1 de Mundo Bélico, a primeira história mostra uma bizarra versão de Frank Castle fundida com Doutor Estranho em “Soldado Supremo”. Ele é perseguido pelo Quarteto Infernal, num futuro alternativo do Mundo Bélico em 2099. Aparentemente não há relação com o tie-in 2099 de Guerras Secretas publicado também pela Panini, já que a versão do Hulk naquela revista de nada tem relação com o que aparece nesse conto, só pra citar uma das evidências. A segunda, intitulada “Massacre MODOC”, se passa no Ferro, região sob o domínio de Tony Stark no tie-in Guerra Civil. O protagonista é MODOC, que deseja destronar o Deus Destino de seu posto, trazendo diversas versões alternativas de si para esse fim. Como já parece um tanto óbvio, não há espaço para o ego de tanto MODOC junto num local só, e as coisas certamente não sairão como planejado.
Em seguida temos na segunda edição “Um Monstro Penoso”, uma história que envolve Blade e Howard O Pato. É uma mistura totalmente atípica, resultando numa trama igualmente desinteressante de humor pouco inspirado. Para fechar, “Ross contra a Máquina” mostra o ex-Thuderbolt na armadura do Máquina de Combate. Detalhe para a ilustre aparição do Capitão América, o mesmo de Planeta Hulk antes de sair da arena de Arcade para ir à caça do Rei Vermelho.
Em Mundo Bélico 3, “Milhares de Cortes” é a história de um Wolverine metido a Jesus Cristo ou qualquer outro tipo de divindade altruísta, tendo de aguentar dezenas de versões das mais variadas de outros Wolverines. Destaque para o desenho caricato de Aaron Conley, que está de acordo com a proposta do conto. “Um Punhado de Chimichangas” é uma sátira dos western com Clint Eastwood envolvendo Deadpool, Dentinho e o dinossauro Demônio. “Formigas Contra o Mundo” encerra a edição, com uma curta história de uma página.
O melhor de Mundo Bélico, no entanto, fica para a última edição com duas histórias do Surfista Prateado, intituladas “Surfista Prateado Vs. Galactus” e “Surfista Prateado Vs. Maestro. Na primeira temos uma releitura interessante da relação entre Galactus e seu arauto mais famoso. E pra fechar com chave de ouro a revista, Peter David retorna para escrever o Maestro (de Futuro Imperfeito) mais uma vez num embate que vale nada menos do que a prancha de Norrin Radd, com linda arte de Daniel Valadez.
No Brasil, as histórias de Mundo Bélico foram distribuídas em diversas revistas da Panini para o megaevento Guerras Secretas, como Guerras Secretas: Capitã Marvel, Esquadrão Sinistro e Planeta Hulk.