Destaque para a representatividade nessa Guerra das Armaduras, releitura de clássica saga da Marvel em Guerras Secretas
Ao longo de mais de uma dezena de tie-ins, o megaevento Guerras Secretas (publicado pela Panini no Brasil) ofereceu uma nova perspectiva para diversos momentos chave na história da Marvel Comics, como Guerra Civil, Planeta Hulk, Futuro Imperfeito e Desafio Infinito. Hoje vamos tratar de Guerra das Armaduras, ambientada no universo do Homem de Ferro.
Guerra das Armaduras apresenta um lugar isolado do Mundo Bélico chamado Tecnópole, onde o Barão Stark é quem dá as ordens e rege o local ao seu modo, tendo que lidar constantemente com a rebeldia do irmão Arno Stark. Tecnópole, porém, foi infestada com alguma espécie de vírus obrigando assim os cidadãos a usar armaduras para não serem afetados por ele, evitando uma morte praticamente instantânea.
O roteiro de James Robinson trabalha de modo competente a complexidade desse pedacinho isolado de Guerras Secretas, onde a cronologia anterior ao evento é aproveitada na saga de alguma forma como no caso de usar o irmão de Tony, Arno Stark. A mesma ideia ocorreu no tie-in Salve a Hidra, onde a linha histórica do Capitão América foi aproveitada para contar a história de Ian Rogers, seu filho adotivo.
Há também em Guerra das Armaduras uma tentativa de aspecto representativo interessante centrado nas figuras de Kiri Oshiro e James Rhodes, que se apresenta aqui como representante da Tropa Thor em Tecnópole, usando uma espécie de armadura versão Deus do Trovão muito maneira.
“Já que você irá morrer, irei lhe explicar meus motivos”
Guerra das Armaduras é previsível até nas reviravoltas, mas é uma boa releitura de mais uma saga clássica da Marvel em Guerras Secretas. A ultima edição inteira se dedica a explicar o plot twist envolvendo Tony Stark e seu pai Howard, bem no meio da grande batalha. Clichê difícil de ser driblado e que deixou o último capítulo um tanto enfadonho. Esse excesso didático desvaloriza um pouco o impacto dos acontecimentos, que não surpreendem por se tratar da figura de Tony Stark mas possuem sim grande peso para o desenrolar da trama e seu viés representativo.
Para amenizar esse ponto fraco, os desenhos do brasileiro Marcio Takara estão muito bons, dando para entender (e se envolver) perfeitamente a ação além de vermos diversos personagens do universo Marvel trajando suas armaduras, como Wilson Fisk e Homem-Aranha. Outro destaque de sua arte á a separação do que é máquina e humano, destacado principalmente nas expressões faciais dos personagens.
No Brasil, Guerra das Armaduras foi publicado pela Panini em Guerras Secretas: Os Vingadores – Ed. 1.