Guerras Secretas 2099 é aquela que você quer comprar pela capa
O universo 2099 da Marvel Comics foi criado para mostrar versões futuristas de heróis da Casa das Ideias como (principalmente) Homem-Aranha, Hulk, Justiceiro etc. Agora chegou a vez do Mundo Bélico de Guerras Secretas apresentar aos leitores uma nova versão dessa linha cyberpunk da Marvel.
A trama se passa no já citado ambiente alternativo e futurista de Guerras Secretas, onde os Vingadores são compostos pela Capitã América, Gavião, Hércules, Homem de Ferro e Viúva Negra. O supergrupo responde diretamente à Alchemax, empresa privada que cuida de toda a segurança de Nova York, além de desenvolver alguns projetos paralelos. Nesse cenário, qualquer indivíduo que atue como herói fora da empresa é considerado supervilão, e é exatamente essa lei que colocará os Vingadores em choque com os Defensores, formados pela Doutora Estranha, Hulk, Surfista Prateado, Valquíria e Namor. Martin Hargood, um descendente do Barão Mordo, também resolve aparecer para problematizar ainda mais (ou unir) esse conflito.
Peter David é o roteirista de Guerras Secretas 2099, e seu trabalho aqui não se destaca tanto como em Futuro Imperfeito (leia o review), mas a trama fica bem amarrada no final das contas. O grande destaque de cada edição, no entanto, vai para as capas de Dave Rapoza. São feitas com tanto esmero que provoca a vontade de comprar logo no primeiro vislumbre.
Pesa contra esse Guerras Secretas 2099 o fato de fazer parte de algo já essencialmente confuso que é o próprio mega evento Secret Wars. Se o 2099 já não estaria de acordo com o universo regular (616), confunde ainda mais as coisas fazer uma versão alternativa… da versão alternativa! Faltou bom senso antes da concepção desse tie-in. Precisava ser algo mais orgânico (com mais conteúdo).
No Brasil, Guerras Secretas 2099 foi publicado pela Panini na revista Guerras Secretas: Homem-Aranha Ed. 04 (formato 17 x 26 cm, 112+4 páginas, lombada canoa, capa couché, miolo lwc, R$ 14,00)