O quarto episódio da segunda temporada de Gen V, série derivada de The Boys disponível no Prime Video (assista aqui), marca a metade da temporada e coloca seus personagens no centro de uma trama ainda mais perigosa. Intitulado “Bags”, o capítulo foca na preparação e na execução de uma luta que vai muito além do espetáculo, funcionando como palco para revelar a verdadeira natureza do reitor Cipher e aprofundar os conflitos internos do grupo. Leia a nossa crítica, final explicado e recapitulação do episódio:
O cenário da luta: manipulação e espetáculo midiático
Logo no início, o público é apresentado a um clima de distorção e propaganda. Um noticiário da VNN, liderado pela vilanesca Firecracker (Valorie Curry), ajuda a reforçar a manipulação de narrativas em torno dos acontecimentos recentes. A presença da personagem, conhecida por sua devoção ao Capitão Pátria, insere novamente a crítica social característica do universo de The Boys, desta vez conectada a discussões atuais sobre identidade e preconceito.
A trama ganha corpo quando Cipher obriga Marie (Jaz Sinclair) e Jordan (London Thor/Derek Luh) a participarem de uma luta pública. O evento, promovido como “No Safe Space”, transforma a arena em um espetáculo televisivo, com anúncios e comentários provocadores. O apelido de Jordan, “Gender Bender”, deixa claro que a luta não é apenas física, mas também carregada de ataques simbólicos e midiáticos.
Estratégias paralelas e tensão entre personagens da série Prime Video
Enquanto o grande combate é preparado, os protagonistas tentam encontrar maneiras de resistir ao controle de Cipher. Emma (Lizze Broadway) procura aliados entre os Starlighters e se envolve em situações que misturam humor e perigo — inclusive um momento em que precisa fugir desesperadamente após se infiltrar na casa do reitor.
Já Cate (Maddie Phillips), que havia ficado em segundo plano nos episódios anteriores, assume papel central ao tentar descobrir os segredos escondidos por Cipher. Sua relação com ele revela a vulnerabilidade da personagem, que ainda lida com o peso de suas escolhas passadas. A atriz ganha espaço para explorar as nuances da jovem que, apesar de vista como uma sobrevivente, está sempre em risco.
Cipher, o vilão em ascensão no universo de The Boys
Hamish Linklater continua a se destacar como Cipher, consolidando o personagem como um dos vilões mais marcantes do universo de The Boys. Neste episódio, surgem pistas importantes sobre sua verdadeira natureza.
Primeiro, descobre-se que ele esconde um corpo gravemente queimado em sua casa, o que levanta questões sobre seu passado e suas intenções. Depois, surge a suspeita de que ele seria apenas humano, já que seu sangue parece comum. No entanto, a reviravolta mostra o contrário: Cipher possui sim poderes, e eles são devastadores. Sua habilidade de manipular os outros atinge um novo nível quando ele toma o controle de Jordan durante a luta, aumentando a tensão e transformando o duelo em algo ainda mais perigoso para Marie.
A batalha principal: espetáculo e emoção
O confronto entre Marie e Jordan, transmitido como um grande evento esportivo, é ao mesmo tempo espetacular e trágico. A luta coloca em jogo não apenas o prestígio dos personagens na universidade, mas também sua relação pessoal. Ambos têm sentimentos um pelo outro, e o embate público funciona como uma ferida emocional aberta diante de uma plateia que vibra mais pelo espetáculo do que pela humanidade dos combatentes.
No meio do caos, Emma e Cate tentam cumprir seus planos contra Cipher, mas o episódio deixa claro que o reitor está sempre um passo à frente. Quando parece que ele pode ser desmascarado, uma nova revelação reforça sua ameaça.
O final explicado do episódio 4 de Gen V
O desfecho de “Bags” mostra que Cipher não é apenas um manipulador sem poderes, como muitos acreditavam, mas sim uma força sobre-humana que representa um perigo real para os protagonistas. Ao assumir o controle de Jordan, ele coloca Marie em uma posição impossível, obrigando-a a lutar contra alguém que ama.
O episódio termina com a percepção de que Cipher está no centro de uma conspiração muito maior, e que seus segredos ainda não foram totalmente revelados. A luta, embora promovida como entretenimento, serve de cortina para mostrar a fragilidade do grupo e o quanto eles ainda desconhecem sobre o verdadeiro alcance de seu inimigo.
Crítica final: Bolsas é um bom episódio de Gen V?
O quarto episódio da segunda temporada de Gen V consegue equilibrar ação, sátira social e revelações importantes para a trama. “Bags” é um ponto de virada: fortalece os arcos de Marie, Jordan, Cate e Emma, ao mesmo tempo em que consolida Cipher como um vilão complexo e ameaçador. A temporada, que começou em ritmo mais contido, encontra aqui o impulso necessário para a reta final, preparando o terreno para conflitos ainda maiores dentro do universo de The Boys.