Gen V 2ª temporada - crítica e primeiras impressões da série derivada de The Boys Gen V 2ª temporada - crítica e primeiras impressões da série derivada de The Boys

Gen V – 2ª Temporada | Primeiras impressões | Prime Video

A 2ª temporada de Gen V, série derivada de The Boys, chegou ao catálogo do Prime Video com três episódios de estreia que dão o tom da nova fase. Entre homenagens emocionantes, críticas sociais afiadas e novos mistérios, a produção reafirma seu espaço dentro do universo criado por Eric Kripke, mas também tenta consolidar sua própria identidade. Confira nossa crítica e primeiras impressões:

A homenagem a Chance Perdomo e a ausência de Andre

Logo na abertura, a série presta tributo ao ator Chance Perdomo, que faleceu em 2024 em um acidente de moto. Intérprete de Andre Anderson, um dos protagonistas da primeira temporada, ele não foi substituído por outro ator, e a narrativa opta por incorporar sua ausência de forma orgânica.

O personagem é mencionado como parte essencial do grupo, e o impacto de sua morte se reflete diretamente na trajetória dos colegas. Essa escolha garante que a memória do ator esteja presente sem recorrer a recursos artificiais. O luto, tanto dos personagens quanto do elenco, se torna um elemento narrativo que permeia a temporada.

Um salto no tempo e novas tensões em Godolkin

Após os acontecimentos finais da primeira temporada, a trama retorna ao campus da Universidade Godolkin, controlada agora por Cipher, novo reitor vivido por Hamish Linklater. Sua presença transforma a dinâmica da instituição. Com discursos sobre supremacia e treinamento militarizado, Cipher representa a ascensão de uma ideologia autoritária que ecoa o regime de Homelander, já consolidado em The Boys.

Nesse cenário, Marie (Jaz Sinclair), Emma (Lizze Broadway) e Jordan (London Thor e Derek Luh) tentam se reencontrar, enquanto Cate (Maddie Phillips) e Sam (Asa Germann) passam a ocupar posições de destaque como “Guardiões de Godolkin”. A tensão entre antigos aliados e novos inimigos estabelece o núcleo dramático dos episódios iniciais.

Gen V: o mistério do Projeto Odessa e a conexão com o passado

Os primeiros capítulos também apresentam um flashback ambientado nos anos 1960, em que cientistas experimentam uma versão inicial do Composto V. A sequência revela o Projeto Odessa, uma trama secreta que conecta o fundador Thomas Godolkin (Ethan Slater) aos eventos do presente.

Esse elo entre passado e presente amplia a mitologia da franquia, ao mesmo tempo em que levanta questionamentos sobre a origem dos experimentos da Vought. Emma, em especial, começa a investigar pistas que podem revelar até onde vai a manipulação da corporação.

Gen V 2ª temporada - crítica e primeiras impressões da série derivada de The Boys

Novos personagens e velhas disputas

Além de Cipher, a temporada introduz Stacey (Stacey McGunnigle), nova figura administrativa que substitui Ashley (Colby Minifie) no campus. Embora cumpra papel funcional, sua presença não alcança o mesmo impacto da antiga chefe da Vought, personagem central em The Boys.

Entre os alunos, Rufus (Alexander Calvert) se destaca como líder de uma fraternidade marcada por excessos e abusos, reforçando a crítica da série ao ambiente universitário como microcosmo de poder e desigualdade. Já Polarity (Sean Patrick Thomas), pai de Andre, aparece abalado pela perda do filho, acrescentando outra camada emocional à trama.

Conexões com The Boys e independência narrativa de Gen V

A 2ª temporada de Gen V não esconde sua ligação direta com a série principal. O domínio de Homelander sobre a América serve de pano de fundo, e há menções constantes às ações da Vought. No entanto, a produção procura manter foco nos dilemas específicos dos jovens supers.

Essa estratégia fortalece a narrativa, permitindo que a série caminhe de forma paralela, mas autônoma. O espectador que acompanha apenas Gen V ainda encontra uma história coesa, enquanto quem assiste a ambas as séries percebe as costuras que preparam terreno para a temporada final de The Boys.

Primeiras impressões dos novos episódios do spin-off de The Boys

Os três episódios de estreia conseguem equilibrar ação, humor e comentário político. As sequências sangrentas e exageradas, marca registrada da franquia, seguem presentes, mas são usadas em paralelo ao desenvolvimento dos protagonistas.

Gen V 2ª Temporada - primeiras impressões da estreia no Prime Video

Marie amplia sua compreensão sobre os poderes de manipulação sanguínea, Jordan vive um arco de afirmação pessoal, e Emma segue em conflito com os limites de sua habilidade. Todos enfrentam dilemas que refletem a pressão de viver em um mundo controlado por corporações e ideologias radicais.

Crítica e primeiras impressões da 2ª temporada de Gen V: expandindo o universo de The Boys

As primeiras impressões da 2ª temporada de Gen V indicam uma narrativa marcada pelo luto, pela crítica social e pela construção de novos antagonistas. A série homenageia Chance Perdomo de forma respeitosa, expande o universo de The Boys e, ao mesmo tempo, aposta em caminhos próprios.

Com a introdução do Projeto Odessa, a ascensão de Cipher e o reposicionamento dos personagens, os episódios iniciais estabelecem uma base sólida para o restante da temporada. Resta acompanhar como a produção irá equilibrar sua independência com os laços inevitáveis com a série principal.