O canal Lifetime retorna ao gênero de suspense com Garota Desaparecida (Girl Taken, 2025), dirigido por Paula Elle e estrelado por Erica Durance, Eric Hicks e Kennedy Rowe. O filme aposta em um enredo de sequestro que mistura drama familiar, segredos do passado e uma investigação policial marcada por descobertas graduais. Embora siga uma fórmula reconhecível do canal, a produção consegue segurar a atenção ao combinar a luta de uma mãe desesperada com a jornada de sobrevivência da filha. Leia a crítica do filme.
A história de Garota Desaparecida
A trama começa com a descoberta de um corpo na floresta, identificado apenas por um anel único em seu dedo. Em paralelo, Anita (Erica Durance) organiza a festa de aniversário de sua filha Rose (Kennedy Rowe), marcada por tensões entre mãe e filha e pela presença de Perry (Eric Hicks), amigo da família que esconde segredos.
Após terminar o relacionamento de forma abrupta, Rose decide fugir de casa para encontrar o ex-namorado, mas acaba aceitando carona de Perry. O que parece um gesto de gentileza logo se transforma em um pesadelo, já que ele a leva até a fazenda onde vive com a misteriosa Dani, sua namorada grávida. Lá, Rose é drogada, mantida em cativeiro e submetida a uma tentativa de manipulação psicológica.

Enquanto isso, Anita inicia uma busca incessante pela filha, mesmo diante da lentidão das autoridades locais. Sua investigação paralela, unida ao trabalho da detetive Henrique, conecta o sequestro de Rose com o corpo encontrado na floresta e com pistas que levam diretamente a Perry.
Tensão e construção da narrativa
O roteiro de Mark Sanderson não aposta em grandes reviravoltas, mas trabalha com pistas visuais e diálogos que vão formando o quebra-cabeça da história. A narrativa se apoia na alternância entre a luta de Rose para escapar e os esforços de Anita para encontrá-la, o que sustenta a tensão mesmo sem grandes momentos de impacto.
A diretora Paula Elle mantém o ritmo cadenciado, intensificando a ação apenas na reta final, quando mãe e filha unem forças para enfrentar Perry. A escolha pode soar arrastada em alguns trechos, mas contribui para a sensação de suspense crescente.
O elenco e as atuações de Girl Taken
O destaque do filme é Erica Durance, que entrega uma performance convincente como Anita, equilibrando fragilidade e determinação de uma mãe que não mede esforços para salvar a filha. Eric Hicks compõe Perry como alguém inicialmente confiável, o que reforça o choque da revelação de sua verdadeira face. Kennedy Rowe, por sua vez, dá vida a Rose com energia, retratando uma adolescente que não se resigna diante do perigo.
O elenco de apoio, incluindo Shiraine Haas como a detetive Henrique e Sidney Quesnelle como a melhor amiga de Rose, contribui para ampliar o arco dramático da narrativa.
Pontos positivos e negativos do filme do Lifetime
Entre os pontos positivos de Garota Desaparecida estão o desenvolvimento consistente dos personagens centrais e a forma como o suspense é construído sem apelar para exageros. Já as limitações ficam por conta da previsibilidade de algumas pistas e da falta de maior exploração dos mistérios em torno de Perry e Dani, que poderiam render camadas mais profundas à história.
Ainda assim, o filme entrega o que promete: uma sessão envolvente dentro da linha de thrillers da Lifetime.
Crítica: Garota Desaparecida (Girl Taken, 2025) é bom?
Garota Desaparecida não reinventa o gênero, mas cumpre bem sua proposta de suspense televisivo. A combinação entre o drama familiar e o jogo de sobrevivência mantém o público interessado até o desfecho, em que mãe e filha se reencontram após um confronto decisivo. Para quem acompanha as produções da Lifetime, trata-se de uma boa opção de entretenimento no catálogo de 2025.