Depois de uma série de episódios que não nos deixaram respirar, é preciso um capítulo como esse para organizar a história e nos preparar para o que vem por aí.
O episódio já começa com uma ótima e importante cena. Aquele Flashback do Bran possui muitas dicas do que podem acontecer na série. Por exemplo, vemos o rei louco Aerys usando fogo–vivo para queimar seus inimigos, isso poderia ser uma dica que essa arma pode ser usada para enfrentar os caminhantes brancos. Além disso ele tem uma visão do ato desonroso de Jaime de matar o próprio rei junto com o ato desonroso de seu próprio pai que vimos no Flashback anterior. Isso serviria para mostrar que Ned não é muito diferente dos outros nobres, mas qual seria a importância disso? A cena continua com uma ótima luta contra os mortos e um personagem que é muito esperado pelos fãs do livro. Na série eles confirmam uma teoria que já é bem conhecida de que essa criatura morta, conhecida como Mãos Frias, que ajuda Bran na verdade é Benjen Stark, não dá para saber se isso vai ser confirmado nos livros, mas foi esperado que eles juntassem os dois personagens, para simplificar.
Quando começou a cena de Sam e Guily nas Terras Fluviais eu estava desinteressado mas acabei mudando de ideia, foi bem legal ver finalmente a família de Sam e como fariam para representar sua casa na série. A cena do jantar foi bem tensa e tivemos uma grande representação de uma “torta de climão”, mas foi legal ver a interação de sua mãe e irmã contra seu pai bastante intimidador, no meio disso tudo ainda tivemos Guily enfrentando o homem e uma clássica fuga de amantes. Sam agora tem uma das poucas espadas de aço Valiriano de Westeros e espero que vejamos essa espada durante a batalha final contra os mortos.
Em Porto Real, tive a confirmação de algo que eu já esperava, Tommen está nas mãos e foi influenciado pelo Alto Pardal. Eu acredito que Margaery não é fraca dessa forma e imagino que ela esteja somente jogando o jogo dos tronos se aliando ao Pardal, levando o seu rei consigo para ter ainda mais força. Importante notar que Tommen tem até uma guarda real especial com a estrela de sete pontas na armadura e tudo, está bem oficial. O resto do núcleo nos mostra Jaime sendo retirado da Guarda Real e mandando para Correrrio enfrentar o Peixe Negro juntando ( com um ótimo corte) com uma cena dos Frey preocupados com a situação e até citando a Irmandade Sem Estandartes. Para quem não lembra eram guerreiros que foram mandados por Ned Stark para lidar com criminosos da região, depois da morte de Ned eles começaram a caçar Lannisters. A importância de citarem esses personagens é que junto com eles podemos ter finalmente a Senhora Coração de Pedra, um personagem fantástico que já devia ter aparecido na série desde a terceira temporada. A pergunta que fica é por que mandaram Jaime para lá só agora, esse é o caminho que ele faz no quarto livro e não tem nada daquela coisa horrível que foi ele com Bromm em Dorne.
Em Braavos temos aquele teatrinho bem maneiro de novo. O legal dessa cena é que somente Arya ri quando Joffrey morre mas ela se compadece com a personagem de Cersei, é uma das poucas vezes que temos a personagem tendo empatia, isso se estende para sua missão quando ela salva a sua vítima e finalmente volta a ser Arya Stark. Eu estava incomodado que a Arya estava num caminho muito afastado dos outros personagens, mas parece que agora sua jornada vai se juntar a dos outros. Mas para isso ela terá que enfrentar a mocinha que parece que nunca gostou dela, achei isso meio merda, pois os homens sem rosto deveriam ser mais imparciais.
O episódio termina com uma cena épica de Daenerys botando moral em seu exército com Drogon gigante. Apesar do cgi meio capenga, foi uma cena bem emocionante. Quem não seguiria aquela mulher depois disso. O episódio não teve cenas muito importantes mas teve um bom ritmo e preparou a série para o que vem por aí.