O texto a seguir contém SPOILERS do primeiro episódio da quarte temporada de Arrow.
Como ficou eternizado por Tato do Falamansa, “um sorriso ajuda a melhorar”. E um belo exemplo do quanto isso é verdade é Oliver Queen, que podemos finalmente chamar de Arqueiro Verde. O primeiro episódio da quarta temporada mostra que algumas coisas mudaram e outras não. O mais importante é que nosso herói encapuzado finamente percebeu que aquele papo depressivo e a cara carrancuda não serviam para nada.
O início é como as prévias prometiam e nós já esperávamos, Oliver e Felicity vivendo a vida que cansamos de ver nos comerciais de TV. Sem nenhuma preocupação a não ser o que vão servir para os vizinhos no jantar. Tudo parece perfeito, exceto para uma parte do casal. E não é quem você está pensando. Na outra ponta da história está Star City, finalmente recebendo o mesmo nome dos quadrinhos. Só que mesmo com um novo título, a cidade continua sendo assombrada pelos insistentes fantasmas do passado e do presente.
O ex-Team Arrow também está modificado. Thea assumiu de vez a alcunha de Speedy, e mesmo sendo afetada aos poucos pelo banho no Poço de Lázaro, parece curtir o novo “emprego”. Laurel e Diggle (com seu uniforme que não fica tão ruim assim em ação) tentam ao máximo manter o legado do Arqueiro. Mas quando a situação fica complexa demais, eles precisam que Oliver salve o dia mais uma vez.
A nova temporada não poupa gastos no quesito das cenas de ação. Afinal, Star City parece manter um belo arsenal de terroristas e armas de destruição para ocasiões como essa. Os flashbacks de Oliver continuam contando uma história paralela e agora muito mais interessante (oi Hal Jordan o/).
O produtor de Arrow havia dito em algumas entrevistas que Damien Darhk seria o primeiro vilão, no melhor sentido da palavra, da série. E ao vê-lo em ação fica fácil de entender o motivo. Darhk não se preocupa com ideais. Ele existe única e exclusivamente para semear o caos e a morte. Com o acréscimo de habilidade místicas, ele é o toque essencial para a transformação de Oliver.
Se de um lado existe as trevas, é preciso que a luz se faça presente. Agora que temos um verdadeiro vilão, a série precisa de um verdadeiro herói. Não existe mais espaço para a escuridão e a mudança de clima que o episódio contém funciona perfeitamente para que ela se dissipe. O Arqueiro está morto. Agora Star City tem o Arqueiro Verde. Agora temos um brilho de esperança.
Quando as cenas de romance entre Oliver e Felicity não incomodam é porque algo de muito certo está sendo feito na série. Um episódio foi o suficiente para resgatar o ânimo que a última temporada havia matado. Arrow parece caminhar cada vez mais próxima das páginas dos quadrinhos.
Claro que alguns mistérios são jogados para que possamos perder horas matutando sobre eles. Um salto temporal no final do episódio coloca Oliver e Barry Allen diante de um túmulo. Quem vai morrer? Isso eu não sei ainda. Mas aconteça o que acontecer, um sorriso sempre vai ajudar a melhorar.