O texto a seguir contém SPOILERS de Dragon Ball – O Renascimento de Freeza. Se você ainda não viu, voa pra conferir. E depois volta aqui para fazermos uma Genki Dama juntos 🙂
Dragon Ball marcou todo uma geração. Discussões podem ser criadas, mas é sem dúvida um dos carros chefes da popularização dos animes em nosso país. Mas depois de tantas histórias marcantes, é de certa forma frustrante ver que os novos conceitos não rendem e que nem mesmo apelar para o passado é suficiente.
A trama do novo filme da franquia continua em partes os eventos de A Batalha dos Deuses. A Terra tá na dela, Goku e Vegeta treinam no planeta de Bios para aprimorar seus poderes e o resto dos guerreiros segue a vida. Mas do mais profundo nada, um dos servos de Freeza decide trazê-lo de volta a vida. E esse é ponto central da trama.
Tudo bem que Dragon Ball nunca foi um primor de roteiro, seguindo na maioria das vezes a fórmula “do personagem principal que sempre vence as barreiras e derrota o vilão. Ou minha definição favorita: “Pa Pum, Crash, Blaah, Aaah, Kamehamehaaa”. Aqui não é diferente. Treinar e treinar até que apareça o momento certo para usar o novo poder. E nós sabemos que como num passe de mágica, essa chance sempre aparece.
Goku e Vegeta recebem lições de moral de uma divindade e Freeza engata um discurso fodão que na verdade queria dizer “sou fraco, preciso treinar para não tomar outra surra”. Quando os três se encontram é que a parte que o público gosta tem início. Goku logo mostra que poderia derrotar Freeza com uma mão, enquanto Vegeta mostra a confiança de quem tem um Ás na manga. Socos e chutes depois, os principais decidem colocar todo o poder para fora. Aí Goku vira SSJ Deus e Freeza fica dourado! Sério que fizeram o Freeza ficar dourado pra mostrar que tá mais forte? Isso é tão ruim quanto o Goku de cabelo vermelho no filme passado e de cabelo azul nesse.
A luta se desenrola do jeito que já conhecemos. Antes tem um momento para fazer valer a presença de Gohan e os outros em tela. Servindo apenas para deixar claro o quanto transformaram Gohan é um palhaço. Mas toda a decepção pode ser traduzida na figura de Vegeta. Quando finalmente podemos vê-lo em pé de igualdade com Goku, prestes a tomar o papel do protagonista mesmo que por um instante, a trama sofre uma reviravolta e você sente vontade de jogar a pipoca na tela.
Ah, se você tiver olhos e ouvidos bem atentos vai poder sentir essa reviravolta desde o começo do filme. No fim, O Renascimento de Freeza é só um pretexto para colocar os personagens que crescemos amando mais uma vez nas telonas. Pelo menos é melhor que A Batalha dos Deuses.
OBS: O 3D é mais inútil que o Yamcha 😉