Dirk Gently´s e seu humor hostílico à la Douglas Adams
Por Allef Mustella
Depois da primeira tentativa de inserirem um produto audiovisual de Dirk Gently’s nas telinhas, sua segunda aparição ocorre agora na parceria Netflix e BBC America. O Hostílico detetive teria uma Visão mais crucial e humorada de um sucesso escondido nas tabelas da Netflix.
A série virou um ponto derivado da cultura pop, animando os olhos de quem vê. Criada originalmente pelo grande pai nerd Douglas Adams (O Guia do Mochileiro das Galáxias), adaptada pelo roteirista Max Landis (Victor Frankenstein). Dirk Gently´s traz uma trama voltada para o crime policial, onde o detetive Dirk Gently (Samuel Barnett) encontra o seu fiel escudeiro Todd Brotzman (Nada mais que Frodo, quer dizer Elijah Wood). Onde juntos desvendarão mistérios, casos para lá de esquisitos, sendo guiados pela natureza e os seus acontecimentos naturais (“As coisas acontecem quando acontecem.”).
Os pontos altos que concretizam a excelência da série é na forma como o roteiro é tratado. Vemos a desconexão da história nos apresentada de maneira bagunçada, de forma propósital. No decorrer dos acontecimentos e nos plots de cada episódio aquela cabeça bagunçada vai encrementando cada peça de um encaixe e te fazendo ansiar cada momento, como se fosse novo, o que realmente é. Um forma hostílica de humor baseado na ficção científica de Douglas Adams.
Com atuações impecáveis, onde personagens realmente são bem entendidos. A motivação trazida por cada um deles, suas vontades, dúvidas e idealizações é o que faz o espectador torcer, ficar junto. Exemplos de Dirk Gently, de Bart (Fiona Dourif), que se trata de um oposto de Dirk. Mas que traz primícias idênticas de personagens. O que faz o roteiro ainda mais genial, pois é aonde nós vemos que o roteiro funciona. Não somente no desenrolar da história, como no próprio desenvolvimento de personagem. É entender a situação de Tod, o parceiro de Dirk. Saber o momento complicado que ele passa e o que faz mesmo desacreditado, aceitar o emprego de auxiliar do detetive. A questão de conexão, fluxo.
Não deixamos de fora o visual da série, que plástica incrível. As tonalidades bem dozadas, temos coloridos e tons que agradam, que te deixam viajando no ambiente. Toda forma de direção de arte voltada para como o sci-fi, a parte científica da coisa é mostrada. É saber o motivo da jaqueta, das calças rasgadas, do estilo mais punk. É saber fazer o casamento de efeito gráficos e visuais, sem que um alavanque o outro e vice-versa.
A série te atrai, te faz querer chamar de queridinha e possivelmente entrará na sua top 5 de melhores séries já vista. Além das referências claras a Dr. Who, na questão de humor e tiradas. Se você curte o estilo Douglas Adams de conteúdo, é uma série que não te deixa a desejar.
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