Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba - Castelo Infinito - crítica do filme do anime Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba - Castelo Infinito - crítica do filme do anime

Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba – Castelo Infinito | Crítica do Filme

O fenômeno Demon Slayer chegou a uma nova etapa com o lançamento de Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba – Castelo Infinito, primeiro filme da trilogia que encerrará a história do anime criada por Koyoharu Gotouge. Dirigido por Haruo Sotozaki e Hikaru Kondô, o longa dá sequência direta ao final da quarta temporada e mergulha o público em um espetáculo visual de ação, emoção e preparação para o embate definitivo contra Muzan Kibutsuji. Confira a crítica de Castelo Infinito.

Continuação imediata da série Demon Slayer: Kimetsu Yaiba

O filme começa exatamente no ponto em que a temporada anterior terminou. Tanjiro, os Hashira e outros caçadores de demônios são arrastados para dentro do Castelo Infinito, a fortaleza de Muzan, um espaço que parece não obedecer às leis da física. O cenário é, ao mesmo tempo, labirinto e inimigo, sempre em transformação para desestabilizar os protagonistas.

Diferente de Mugen Train, que funcionava quase como um arco fechado, Castelo Infinito assume sua posição de capítulo introdutório dentro de um arco final maior. Essa escolha garante intensidade, mas também deixa lacunas, já que alguns personagens de peso aparecem pouco ou ainda estão sendo preparados para as próximas partes.

A estrutura narrativa e seus dilemas

O roteiro mescla batalhas grandiosas com flashbacks que aprofundam tanto heróis quanto vilões. Essa estratégia, típica do mangá e da série de TV, aqui ganha força no cinema ao expandir o passado de personagens como Akaza e Shinobu, mas também gera um ritmo irregular. Algumas pausas nas lutas diminuem a fluidez, alongando a duração de 155 minutos.

Ainda assim, esses momentos cumprem uma função emocional clara: ao revelar motivações e traumas, a obra busca criar empatia não só pelos caçadores, mas até por demônios que antes pareciam apenas inimigos cruéis.

A força da animação da Ufotable

Se há um ponto inquestionável em Castelo Infinito, é a qualidade técnica. A Ufotable mais uma vez entrega uma fusão impressionante entre animação tradicional e computação gráfica, resultando em cenários mutáveis, lutas fluidas e expressivas, além de um uso de cores e efeitos que se destacam na tela grande.

Os movimentos de respiração dos Hashira e de Tanjiro são transformados em verdadeiros espetáculos visuais, sempre acompanhados por uma trilha sonora que combina a intensidade da música de Yuki Kajiura e Go Shiina com canções marcantes de Aimer e LiSA. A mistura de som e silêncio, em momentos-chave, aumenta a tensão e mostra o cuidado sonoro da produção.

Demon Slayer Kimetsu no Yaiba - Castelo Infinito - fatos e curiosidades do anime

A recepção e o impacto de Castelo Infinito no Japão

No Japão, Castelo Infinito teve uma estreia histórica. O longa ultrapassou rapidamente a marca de 10 milhões de dólares em bilheteria e registrou lotações em quase todas as sessões de abertura. A crítica e o público destacaram especialmente o peso emocional das batalhas de Zenitsu e Akaza, que se tornaram alguns dos pontos mais comentados.

Com esse desempenho, o filme já está sendo tratado como um dos grandes sucessos da franquia, com potencial para rivalizar até com Mugen Train, que em 2020 quebrou recordes mundiais de arrecadação.

O que esperar da trilogia final

Por ser apenas a primeira parte, Castelo Infinito não resolve a trama central, mas prepara o terreno para as próximas batalhas contra Muzan e os Demônios de Nível Superior. A ausência de Nezuko e de alguns Hashira populares nesta etapa sugere que os filmes seguintes darão maior destaque a esses personagens.

Essa estratégia reforça o caráter de “capítulo inaugural”: estabelecer o tabuleiro de guerra, testar os limites dos protagonistas e revelar que ninguém, além de Tanjiro, está totalmente a salvo. O suspense em torno das perdas e sacrifícios ainda por vir é um dos motores que devem manter o público ansioso para os próximos lançamentos.

Crítica – Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba – Castelo Infinito é um bom “início do fim”?

Demon Slayer: Kimetsu no Yaiba – Castelo Infinito é um marco dentro da franquia. Ao mesmo tempo em que entrega lutas coreografadas com impacto cinematográfico e uma produção técnica de altíssimo nível, o filme enfrenta desafios de ritmo herdados da fidelidade ao mangá. Mesmo assim, funciona como a abertura de um grande evento dividido em três partes e reforça a posição de Demon Slayer como uma das maiores sagas do anime mundial.