Último episódio de Demolidor, o 13º. Hora da verdade. Uma tristeza profunda deve invadir nossos corações ao saber que algo tão bom está chegando ao fim (ou apenas dando uma pausa), e esse sentimento só aumenta com o início de “Demolidor”: o enterro de Ben Urich é retratado como qualquer enterro deve ser mas a sensação de impunidade, medo e incapacidade está mais forte do que nunca na Cozinha do Inferno.
Wilson Fisk está tomando decisões definitivas nos negócios. Após a saída de Madame Gao, só Leland Owlsley sobrou, e é através dele que (quase) toda verdade vem à tona. Obviamente, qualquer que fosse o ser humano que atacasse sua amada Vanessa não teria um final diferente do que teve nosso não mais futuro Coruja, mas ainda há um filho citado na última conversa entre os dois que não deu as caras. Como desfecho do negócio, agora Fisk precisa encontrar o detetive Hoffman para que não haja rastros de suas atividades ilegais. O legal disso tudo é que Matt Murdock também fica sabendo que o companheiro de longa data (e também assassino) do detetive Blake está escondido em algum lugar da Cozinha do Inferno, e assim começa a corrida contra o tempo para ver quem o alcança primeiro.
Nada como uma boa conversa entre irmão para resolver algumas pendências. Foggy Nelson teve tempo de refletir a respeito da recém descoberta condição do melhor amigo, um vigilante mascarado. E assim o trio de ferro da série está em harmonia novamente. Karen Page os ajuda a descobrir o possível paradeiro de Hoffman, e assim o vigilante consegue algo impensável até então: prender Wilson Fisk, que com ele levará para a cadeia policiais, juízes e até (pelo menos um) senador. Um grande golpe nas pretenções do aspirante a Rei do Crime.
Mas como todo grande vilão Fisk tem seu plano B, aquele elaborado para quando as coisas derem errado a ponto de um criminoso ter que abandonar tudo. E com uma incrível analogia narrada pelo próprio Wilson citando o livro de Lucas na Bíblia, temos o conclusivo rompimento de qualquer coisa que unia Rei do Crime e Demolidor. Salteador e Samaritano se confrontam num duelo definitivo, com direito a um beco da Cozinha do Inferno como palco, nada mais justo. e que luta! Que uniforme!
O final se dá ao direito do viés artístico que a série usou eventualmente ao longo de 13 episódios, Wilson tem agora pela terceira vez na sua vida uma parede de “sombras com reflexo”, com muito tempo para planejar seu próximo passo. quanto ao demônio da Cozinha do Inferno, oficialmente chamado de Demolidor, percebemos que é um cara no qual sua vida de advogado e herói precisa estar em harmonia, e a julgar pelo desfecho do episódio 13 isso está muito bem, obrigado. Essa é a cidade de Matt Murdock, que tem muito a aprender para defende-la, e nunca esteve tão disposto e bem direcionado para fazer isso.
Tirando a satisfação (e tristeza) que o final de Demolidor nos trás, fica evidente a importância que a série teve em estabelecer o universo Marvel/Netflix. Há muito a ser explorado como a organização Tentáculo e os Virtuosos, que podem ser aproveitados em Jessica Jones caso os produtores queiram preparar mais ainda o terreno para os Defensores ou as séries solo de Luke Cage e Punho de Ferro. Não deixe de conferir o review da temporada completa, com a nota atribuida pelo CosmoNerd à série, assim como os melhores destaques do programa.
Demolidor está disponível via Netflix.
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