Daisy Jones & The Six Daisy Jones & The Six

Daisy Jones & The Six: encontrando o sentido da vida na música

Daisy Jones & The Six é uma série dramática baseada no livro de mesmo nome escrito por Taylor Jenkins Reid. A trama gira em torno de uma famosa banda de rock dos anos 70, desde sua ascensão meteórica na cena musical de Los Angeles até sua separação inesperada no auge de sua popularidade. Daisy (Riley Keough) é uma garota de 18 anos que sempre sonhou em ser uma estrela do rock. Em paralelo, The Six, banda liderada por Billy Dunne (Sam Claflin), começa a encontrar seu lugar em meio a música. Quando o caminho de ambos se cruzam, um produtor percebe o potencial que ambos artistas poderiam ter se unissem forças. A série é produzida pela atriz Reese Witherspoon e tem a própria autora do livro como uma das produtoras.

Daisy Jones & The Six não é uma história sobre amor romântico, é uma história sobre pessoas que encontram o sentido da vida na música, mesmo que sejam quebradas e estejam procurando o sentido que acham que não encontraram.

Dito isso, depois de assistir os 3 primeiros episódios de uma minissérie inspirada em um livro de uma autora que amo e sou fã (Taylor Jenkins Reid, você é foda), preciso dizer que Riley Keough, que está interpretando a protagonista Daisy Jones, está impecável. A fragilidade, a solidão, a insegurança, o humor sarcástico e a raiva, tudo está lá, diretamente das páginas do livro, em que o telespectador consegue sentir a vulnerabilidade as personagem.

Daisy Jones & The Six amazon prime video.

Sobre a voz da atriz, é inquestionável a beleza e a técnica, o que em alguns momentos me lembrou da cantora Florence Welch (acho que o cabelo ruivo da personagem ajudou nessa comparação também). Outro detalhe sobre a voz de Keough, e que merece destaque, é que a atriz é simplesmente neta de Elvis Presley então, coincidentemente ou não, a mulher tem a genética ao seu favor.

Além do canto e encanto de Riley Keough, Sam Claflin também demonstra grandes habilidades vocais, juntamente com a entrega no personagem. Clafin consegue passar ao telespectador a raiva que personagem Billy carrega: ter sido abandonado pelo pai, a solidão, a voz e sua incerteza sobre quem ele realmente quer ser, mesmo tendo o dom imenso da música correndo em suas veias.

Não tem como não assistir todas as cenas dos personagens ainda separados e não se apaixonar, então podem se preparar porque o encontro de ambos é algo que te faz não querer mais parar de assistir, entretanto, o Prime Vídeo disponibilizou apenas 3 episódios até agora.

Como toda adaptação, nem tudo é perfeito. Como fã do livro, creio que o primeiro episódio explicou de maneira muito sútil que há um documentário sendo feito. Além disso, a ordem dos acontecimentos foram modificados na série, fato que não me incomoda mas que precisa ser dito para quem não leu o livro. Outro ponto que me causou estranhamento é que no livro há o sexto integrante, mesmo depois da mudança para Los Angeles. Na adaptação, a saída foi colocar a Camila, namorada do Billy e fotógrafa da banda, como a “sexta”participante. Este, para mim, foi a maior mudança, até então, do livro para a adaptação.

Apesar de toda a problemática presente em todas as adaptações, Daisy Jones & The Six tem uma boa produção, boas atuações, músicas encantadoras e tudo funciona, até mesmo a maquiagem para envelhecer os personagens nas cenas deles 20 anos mais velhos. Não são todas as produções que prendem o telespectador e o faz querer conhecer mais os personagens, entrar mais na trama e maratonar toda a série (infelizmente isto só na Netflix).

Os 3 primeiros episódios estão disponíveis no Prime Video. Depois de assisti-los, indico a leitura do livro e não apenas o da série, como também “Os sete maridos de Evelyn Hugo”, da mesma autora, e que está em produção na Netflix para ser um filme.