O filme Crimes do Meu Marido (Sins of My Husband, 2025), produzido pela Lifetime e dirigido por Soran Mardookhi, combina suspense psicológico e investigação policial para criar uma narrativa centrada em segredos, desconfianças e relações ambíguas. A trama acompanha Katherine Dandridge, interpretada por Hayley Sales, que enfrenta a desconfiança de toda uma comunidade após a morte de seu marido, Tony Dandridge (Matt Brown), exposto como um assassino em série. Confira a nossa crítica:
Um começo de tensão e revelações
O filme inicia apresentando Tony e Katherine Dandridge como um casal em aparente crise. Tony, corretor de imóveis, mantém uma postura controladora, e logo se revela envolvido em crimes graves. O personagem sequestra jovens utilizando as próprias chaves das casas que vendeu, deixando poucas pistas para a polícia.
Uma de suas vítimas, Suzie (Juliette Hawk), consegue escapar de um cativeiro subterrâneo e busca ajuda. A fuga de Suzie desencadeia uma operação policial que resulta na morte de Tony. O evento, no entanto, não encerra o conflito — pelo contrário, abre espaço para novas tensões ao colocar Katherine sob o olhar acusador da sociedade.
O peso da suspeita sobre Katherine
Após a morte de Tony, Katherine se vê isolada. Moradores, imprensa e até mesmo as famílias das vítimas acreditam que ela sabia dos crimes do marido. Apesar de negar qualquer envolvimento, a protagonista enfrenta hostilidade constante, desde agressões verbais até ameaças diretas.
A narrativa acompanha a transformação da personagem enquanto ela tenta reconstruir sua vida em meio ao julgamento público. Esse processo a aproxima inesperadamente de Doreen (Alaina Huffman), mãe de Suzie, que se torna sua única fonte de apoio no meio da crise.
A relação entre Katherine e Doreen
O desenvolvimento da amizade entre Katherine e Doreen é um dos pontos centrais do filme. A conexão entre as duas surge da necessidade mútua de compreensão: Katherine busca alguém que acredite em sua inocência, enquanto Doreen tenta lidar com o trauma de quase perder a filha.
Porém, essa relação é permeada por desconfiança. Pequenos indícios ao longo da narrativa sugerem que nenhuma das duas está sendo totalmente transparente. O roteiro de Rolfe Kanefsky utiliza essa ambiguidade para conduzir o espectador a questionar a versão dos fatos apresentada por cada personagem.
O papel da investigação policial
O detetive Harrison (Dalias Blake) lidera a investigação, mas sua atuação é retratada de forma controversa. Ao invés de proteger Katherine, ele adota uma postura fria e pouco colaborativa, reforçando o isolamento da personagem. Sua conexão pessoal com o caso — revelada mais tarde — adiciona outra camada de tensão à narrativa.
Enquanto Suzie tenta se recuperar do trauma, o trabalho policial revela detalhes sobre os métodos de Tony e o destino das outras vítimas, encontradas no fundo de um lago, o que aumenta a pressão sobre Katherine.
O clímax e a revelação final
A virada definitiva ocorre quando Doreen encontra uma caixa de joias escondida por Katherine contendo objetos pertencentes às meninas desaparecidas, incluindo uma pulseira de sua própria filha. A descoberta muda a dinâmica entre as personagens, levando a um confronto direto.
Durante a sequência final, Doreen utiliza uma escuta para registrar a confissão de Katherine, revelando que, de alguma forma, ela sabia mais do que admitia sobre os crimes de Tony. O embate culmina com a chegada da polícia e a prisão de Katherine, encerrando a trama com um desfecho que redefine a percepção sobre sua inocência.
Crítica: Crimes do Meu Marido é bom? Vale à pena assistir?
Crimes do Meu Marido é um thriller que explora como segredos e julgamentos moldam as relações humanas. Ao alternar entre o suspense criminal e o drama psicológico, o filme apresenta camadas de desconfiança que desafiam o espectador a reavaliar suas certezas sobre cada personagem. A obra também discute o impacto da violência em comunidades pequenas e o peso das aparências nas narrativas públicas.