Corrente Implacável Episódio 5 - Crítica e Recapitulação do K-Drama do Disney+ Corrente Implacável Episódio 5 - Crítica e Recapitulação do K-Drama do Disney+

Corrente Implacável – Crítica e recapitulação dos episódios 4 e 5 do K-Drama do Disney+

Os episódios 4 e 5 de Corrente Implacável (The Murky Stream), novo K-drama histórico do Disney+, marcam um ponto de virada decisivo na trama. Dirigida por Choo Chang-min e estrelada por Rowoon, Shin Ye-eun, Park Seo-ham e Park Ji-hwan, a série adapta o romance Takryu, de Chae Man-sik, e continua a explorar as tensões morais e políticas em torno do porto de Mapo — território onde a corrupção, o poder e a sobrevivência se misturam de forma incontrolável. Leia a nossa crítica e recapitulação dos episódios 4 e 5.

Enquanto os episódios anteriores apresentaram o universo violento e caótico da obra, os novos capítulos ampliam a dimensão política da história, conectando o drama dos bandidos locais à estrutura podre da corte real.

Recapitulação do episódio 4 de Corrente Implacável (The Murky Stream)

O episódio 4 se inicia com Choi Eun redigindo um relatório destinado ao Inspetor-Geral, denunciando o esquema de corrupção que domina a região. Seu ato de coragem, porém, é interrompido quando o General Mapo descobre a carta e a queima diante dela, furioso com a ousadia. Eun é repreendida, e Jung Chun, o oficial que tenta agir com integridade, também se vê isolado e sem apoio.

Corrente Implacável Episódio 4 - Crítica e Recapitulação do K-Drama do Disney+

Enquanto isso, Si-yul segue trabalhando sob as ordens de Mu-deok, agora responsável pelo pagamento dos trabalhadores. Sua decisão de distribuir salários acima do esperado gera um confronto direto com o líder dos bandidos, que o acusa de fraqueza. A tensão entre ambos reflete um conflito central da série: a tentativa de manter princípios éticos em um ambiente em que compaixão é vista como sinal de fraqueza.

Um longo flashback revela o passado de Dol-gae, antigo trabalhador que se tornou um dos líderes de Mapo após enfrentar comerciantes corruptos com o apoio indireto de Mu-deok. A sequência explica como as estruturas de poder no porto nasceram da violência e da desigualdade — um ciclo que se repete sob novas formas.

De volta ao presente, Eun e Jung se aproximam ao discutir o alcance da corrupção e o funcionamento das propinas, enquanto Wang-hae, um contrabandista Jurchen, inicia um pacto de conveniência com Dol-gae, prometendo expandir o controle sobre o rio. A trama começa a revelar as alianças obscuras entre criminosos e autoridades.

O episódio culmina em um confronto direto: Mu-deok é capturado e prestes a ser executado por traição. Si-yul intervém para salvá-lo, enfrentando os bandidos e reacendendo a rivalidade com Dol-gae. A disputa se transforma em um duelo mortal, no qual ambos colocam em jogo o controle do porto e o próprio sentido de lealdade.

Recapitulação do episódio 5 de Corrente Implacável (The Murky Stream)

O episódio 5 abre com a luta sangrenta entre Si-yul e Dol-gae. Apesar de sua habilidade, Si-yul é derrotado após ser esfaqueado, e, segundo o código dos bandidos, o perdedor deveria ser aleijado. Em um giro inesperado, Mu-deok apunhala Dol-gae para impedi-lo de cumprir a sentença. O gesto, impulsivo e desesperado, muda completamente o equilíbrio de poder entre os bandidos.

Mesmo ferido, Dol-gae nomeia Mu-deok como seu sucessor e o adverte para nunca libertar Si-yul. O novo líder, relutante, assume o posto com o auxílio do jovem, que passa a atuar como conselheiro e intermediário entre os bandidos e os trabalhadores. Si-yul tenta implantar reformas no porto — como o fim dos impostos abusivos —, mas suas tentativas de justiça social são recebidas com desdém pelos criminosos.

Enquanto isso, Choi Eun se envolve em uma trama mais ampla, contrabandeando mapas para Lord Yu Tae-seok, tio da princesa So-ho e figura poderosa da corte. Ao mesmo tempo, Jung Chun descobre irregularidades nos registros de cavalos do governo, percebendo que os documentos foram falsificados para encobrir crimes de corrupção. O encontro entre Jung e Tae-seok introduz uma nova camada política à série, sugerindo que o apodrecimento do sistema é mais profundo do que se imaginava.

De volta a Mapo, Mu-deok tenta consolidar seu poder, mas o controle escapa rapidamente de suas mãos. Quando Jung lidera uma operação militar para prender os bandidos e finalmente capturar Si-yul, parece que a justiça prevaleceu. No entanto, a ilusão dura pouco: Dol-gae manipula o sistema, suborna oficiais e liberta os criminosos, enquanto Jung é incriminado com provas forjadas.

O episódio termina com Si-yul e os bandidos retornando ao porto, simbolizando o fracasso da lei diante da corrupção. A vitória dos poderosos e a prisão do único homem honesto do grupo reforçam o tema central da série — a luta fútil por integridade em um mundo regido pelo suborno.

Corrente Implacável Episódio 5 - Crítica e Recapitulação do K-Drama do Disney+

Crítica dos episódios 4 e 5 de Corrente Implacável

Os dois episódios funcionam como um arco completo, que aprofunda os dilemas morais dos protagonistas e amplia a escala narrativa de Corrente Implacável. A transição de Si-yul — de servidor idealista a figura marginalizada — representa o colapso do ideal de justiça diante de um sistema viciado. Sua aliança ambígua com Mu-deok traduz a dualidade entre sobrevivência e ética, uma das forças motrizes da série.

O desenvolvimento de Mu-deok é outro destaque. O personagem passa de bandido secundário a líder relutante, movido por culpa e impulsos contraditórios. Sua ascensão forçada questiona as noções tradicionais de poder e lealdade, mostrando como a liderança pode surgir de fraquezas, não apenas de força.

Os episódios também introduzem uma dimensão política mais densa, com o envolvimento do Lord Yu Tae-seok e a ligação com a realeza. Essa expansão da trama eleva o drama de Mapo a uma escala nacional, conectando os pequenos atos de corrupção local ao sistema maior de privilégios e intrigas da corte de Joseon.

Esteticamente, a direção de Choo Chang-min mantém o equilíbrio entre o realismo sujo e a simbologia poética que marca a série. A fotografia enfatiza os contrastes entre luz e sombra — tanto visuais quanto morais —, e as coreografias de luta mantêm o impacto físico das cenas anteriores, agora com peso dramático ainda maior.

O encerramento do quinto episódio reforça a tragédia coletiva: os bandidos voltam às docas, Jung é punido por tentar agir corretamente e Si-yul, mais uma vez, se vê em posição vulnerável. O ciclo de injustiça e poder se renova, preparando o terreno para uma segunda metade de temporada marcada por alianças instáveis e novos confrontos.