Hoje lança a série documental no YouTube de Claudia Leitte sobre o carnaval de 2020, antes de toda essa pandemia começar. Dessa vez, em pleno pós-parto, Claudinha montou 9 shows com a temática de emponderamento feminino, e, mesmo exausta, ela deu tudo de si.
Quem é Claudia Leitte?
Nascida em São Gonçalo – RJ, em 1980, iniciou sua carreira como vocalista da banda Babado Novo, em 2001, e largou a banda para iniciar sua carreira solo em 2008, com o hit “Extttravasa“, que você pode até não ouvir no seu dia a dia, mas com certeza conhece. Já se apresentou no Miss Universo, sempre participa do Rock in Rio,em 2012 foi uma das juradas do The Voice Brasil, na rede Globo, e chegou até a conquistar o sonho de várias garotas da década de 1990: gravou uma música com Ricky Martin em 2011 (sim, sabemos que ele é gay, mas sonhar é de graça).
Acha pouco? Na Copa de 2014, foi uma da vozes oficiais, ao lado de J-low e Pitbull, a cantar a música tema, e foi a primeira brasileira a se apresentar no Billboard Music Awards!
Em minhas lembranças, muitas pessoas do meu círculo social a conheceram por ser a mulher que “tem a voz parecida com a da Ivete”, mas logo pegou o próprio rumo e trilhou o próprio caminho.
O Carnaval de 2020: We can do it
Esse primeiro episódio, curtinho, com apenas 15:46, nos apresenta uma Claudia Leitte forte, que não tem medo de mostrar suas fraquezas. Aqui, ela deixou claro que, apesar da rotina puxada e exaustiva que criou para o show de Carnaval (no total, 9 shows), em sua vida pessoal, ela sofria alguns problemas que não tinham como serem deixados de lado. Por ainda estar em pós-parto, e amamentando, os hormônios do seu corpo estavam, como nós, mulheres, costumamos dizer: uma loucura. Ela teve uma reação comum, mas dolorosa para uma mulher que trabalha tanto quanto ela, o “Baby Blues”, que se trata de um desarranjo hormonal que traz tristeza e muita preocupação à mãe. Você com certeza já ouviu mães dizendo que ficam paranóicas achando que seus bebês vão morrer enquanto dormem e ficam verificando sua respiração, por exemplo. É basicamente isso. Imagine viver isso longe da sua bebê, tendo mil e uma reuniões e ensaios?
Em uma de suas performances, Claudia fez questão de voar. E ela explica: “Não era literalmente sobre voar, sobre ser grande, e sim sobre conquistas, como eu voei mais longe do que jamais imaginei, em ser pura na minha criação.” Ela também conta que queria representar a Via Láctea, um trocadilho pessoal sobre estar amamentando.
As pessoas de sua equipe ressaltam sua força de vontade, o quanto ela cuida da parte espiritual e física. A própria relata que seu objetivo é dar o melhor de si para fazer os outros felizes, trazer aquele espírito de festa do Carnaval a todos. “Dinheiro e fama são apenas bônus.“, diz ela.
Em um dos seus shows, ela utilizou-se do símbolo da Rose, a mulher do pôster “We can do it“, utilizado durante a Segunda Guerra Mundial e, depois, pelas sufragistas como símbolo de força e emponderamento: as mensagens que a cantora, empresária e compositora queria passar.
Vale a pena assistir?
Vale. É uma minissérie interessante, em que podemos ver os bastidores de uma das vozes mais famosas do Brasil – seja porque a consideram incrível ou porque a acham supostamente antipática, as pessoas sabem quem é Claudia Leitte. E por que não saber mais?
O Carnaval de 2020 foi o último antes da pandemia, e o tema de feminismo trazido é importantíssimo, mesmo que, por alguma razão, a ideia fosse apenas propaganda para ganhar público feminino. O que precisa ser dito, pode ser dito por qualquer voz. E Claudia Leitte usou a sua.