Borbulhas de Amor (Champagne Problems, 2025), dirigido e roteirizado por Mark Steven Johnson, segue a linha dos romances natalinos do catálogo da Netflix ao combinar uma trama corporativa com um encontro afetivo que se desenvolve durante viagens de fim de ano. Estrelado por Minka Kelly como Sydney Price e Tom Wozniczka como Henri Cassell, o filme apresenta ainda Astrid Whettnall, Flula Borg, Sean Amsing, Thibault de Montalembert e Xavier Samuel no elenco de apoio. Com 1h39 de duração, a produção aposta em um formato conhecido do público, sem alterar muito a estrutura tradicional do gênero. Confira a nossa crítica:
Enredo de Borbulhas de Amor
A narrativa acompanha Sydney, executiva enviada à França para negociar a compra de uma vinícola de prestígio. A tarefa ganha novos contornos quando ela conhece Henri, filho do fundador do negócio e responsável por defender a continuidade da produção familiar. O conflito entre tradição e modernização conduz a maior parte do roteiro, enquanto a protagonista tenta equilibrar as exigências da empresa e a aproximação inesperada com Henri. Tensões internas da família Cassell, disputas corporativas e diferenças culturais completam o pano de fundo do enredo.
Análise do romance natalino na Netflix
Ao longo da história, Borbulhas de Amor segue estruturas reconhecíveis de filmes de romance ambientados no período natalino. O embate entre carreira e vida pessoal é apresentado como motor dramático, mas a relação entre Sydney e Henri avança de forma pouco desenvolvida, com diálogos que não ampliam a conexão entre os personagens. A narrativa se apoia em situações típicas do gênero sem introduzir variações que ampliem o impacto emocional do casal principal.
Os personagens também não recebem aprofundamento suficiente para reforçar seus conflitos. Sydney aparece como executiva centrada no trabalho, enquanto Henri representa a defesa das tradições da família. O roteiro não explora de maneira consistente suas motivações, o que reduz o peso dramático das decisões tomadas por ambos ao longo da trama.
A ambientação francesa funciona como elemento de apelo, com cenários campestres e paisagens decoradas para o período de festas. No entanto, o uso de efeitos digitais compromete parte da imersão, especialmente nas cenas que buscam transmitir o clima natalino. O ritmo também oscila: momentos de transição são acelerados, enquanto outras sequências permanecem longas sem acrescentar novas informações à trajetória dos personagens.
Crítica: vale à pena assistir Borbulhas de Amor na Netflix?
No conjunto, Borbulhas de Amor apresenta uma história que dialoga com os elementos tradicionais dos romances de Natal, mas não desenvolve totalmente seus temas nem suas relações centrais. Para quem busca produções típicas do período, o filme oferece uma narrativa leve, porém sem mudanças significativas dentro do formato já conhecido do público da Netflix.