Filósofo faz analogia da conjuntura atual do país, frente ao desastroso enfrentamento da pandemia que já chegou no Brasil
Você, nerd, precisa assistir ao vídeo acima. Nele, o filósofo e professor Paulo Ghiraldelli faz uma análise da situação atual do país, em que nos encontramos sem o comando de um presidente da república, no sentido prático do cargo. O que nos sobrou é a luta fragmentada de governadores de esquerda, centro e direita para conter o avanço da pandemia, enquanto um verdadeiro débil mental tenta levar as pessoas às ruas, contrariando o mundo inteiro que segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No vídeo, o filósofo estrutura os acontecimentos comparando todo o contexto com um autêntico roteiro tirado dos quadrinhos: com a necessidade de se alastrar, o vírus consegue infectar diversos líderes e figurões pelo mundo. Os que não foram infectados, rapidamente percebem a necessidade da política de isolamento (alguns nem tão cedo, como infelizmente ocorreu na Itália).
Para nosso azar – e do planeta Terra – tivemos um líder infectado com caráter assintomático, ou seja, Bolsonaro não apresentou os sintomas do COVID-19. O resultado disso é o impulso necessário para que o presidente se sinta seguro para sair por aí e infectar qualquer um. Vale lembrar que mais de 20 pessoas envolvidas diretamente a ele foram contaminadas.
Em outras palavras, o Coronavírus se fundiu a um ser humano capaz de propagar a doença no âmbito político. Abemus o Capitão Corona.
Há aqueles que acham o presidente uma topeira que apenas quer aparecer e ganhar seguidores. Já alguns líderes pensam que esse cidadão irá em algum momento tomar decisões que sejam lúcidas. De fato, nosso mandatário é uma pessoa limítrofe, mas isso não significa que ele seja controlável.
Não foi assim com os empresários, tampouco com os militares (boa parte deles comprados com centenas de cargos no governo). Ninguém irá tutelar o Bozo e sua família de boçais.
Não se iludam: Bolsonaro é alimentado pelo caos e pelo combate às esquerdas. Seu objetivo a longo prazo é que o país se torne algo parecido com as regiões do Rio de Janeiro tomadas pela milícia, ou indo além, o faroeste dos EUA onde cada família cuida de si de acordo com seu armamento. Sempre pautados pela igreja evangélica caça-níquel e a milícia. Nessa equação, falta incluir o neoliberalismo que tira os recursos do âmbito social para levar ao privado, empobrecendo ainda mais pessoas e aumentando a desigualdade. Dentro dessa nossa narrativa,esse último seria um instrumento com fim claro: o descaso frente à morte de pessoas.
Bolsonaro não precisa mais desse neoliberalismo. Note como Paulo Guedes, o seu “posto Ipiranga”, mal aparece para tratar da questão econômica, algo pertinente nesse momento de crise. O Capitão Corona não precisa mais desse elemento assim como não carece da consultoria de outros como o Ministro da Saúde, um verdadeiro vendido que muda de posição de acordo com a demanda para permanecer no cargo.
Mas até ele sabe que esse nível de anomia cobrará um preço. E quem vai pagar por isso somos nós, os brasileiros.
Se você está ofendido com esse conteúdo, saiba que não estou tratando aqui de uma política partidária, mas sim de bom-senso frente a uma crise global. Fique à vontade para votar em quem você quiser seja de esquerda, centro ou direita.
O Capitão Corona está além dessa discussão, e precisamos impedi-lo.