Beijo Explosivo é o novo k-drama da Netflix que aposta em coincidências improváveis, identidades trocadas e um encontro que muda tudo. A série combina comédia romântica clássica com situações absurdas que se acumulam desde o primeiro episódio, criando um ritmo acelerado que pode divertir, mas também confundir quem espera algo mais direto. A seguir, veja a crítica geral e o que esperar da produção. Leia a crítica:
Beijo Explosivo: uma trama movida por coincidências
A história da série acompanha Go Da-rim (Ahn Eun-jin), uma mulher que sonha com estabilidade profissional enquanto se prepara há anos para conseguir um cargo público. Sua rotina cansativa e a cobrança familiar impulsionam Da-rim a aceitar uma viagem inesperada para a Ilha de Jeju — uma tentativa de escapar das pressões da irmã, que inventa mentiras para esconder sua situação profissional dos futuros sogros.
Paralelamente, conhecemos Gong Ji-hyeok (Jang Ki-yong), um consultor em ascensão que transforma startups em negócios lucrativos. Ele está atrás de um programador de inteligência artificial altamente qualificado, peça essencial para fechar sua negociação mais ambiciosa. O detalhe é que esse programador é justamente o ex-namorado de Da-rim, algo que a trama faz questão de explorar de forma cômica e caótica.
Quando os caminhos se cruzam
Da-rim e Ji-hyeok se encontram em Jeju após um mal-entendido que os leva ao hospital. A partir daí, uma cadeia de situações forçadas — mas típicas de k-dramas românticos — aproxima os dois. Ji-hyeok percebe que Da-rim pode ser a chave para chegar ao programador que procura e faz uma proposta inusitada: que ela finja ser sua namorada.
O romance ganha força na cena do primeiro beijo, construída exatamente como o título da série promete: com fogos de artifício, música dramática e uma revelação sentimental que conduz o protagonista a questionar sua descrença no amor.
Identidades falsas e mal-entendidos intermináveis
A série segue o estilo de outras comédias românticas coreanas como Tudo Bem Não Ser Normal, mas aposta ainda mais no exagero. São desencontros, mentiras improvisadas, personagens fingindo relacionamentos e até uma falsa família. Em determinado momento da história, Da-rim trabalha na empresa de Ji-hyeok fingindo ser casada com o vizinho, além de “interpretar” a mãe do filho dele.
O excesso de artimanhas do roteiro, aliado à trilha sonora romântica repetida sempre que um dos protagonistas lança um olhar dramático ao outro, cria uma experiência que pode soar repetitiva. A série entrega momentos divertidos, mas raramente permite que o espectador conheça os personagens com profundidade.
Atuação e destaques
Ahn Eun-jin se destaca ao abraçar completamente o lado excêntrico e caoticamente engraçado de Go Da-rim. Sua performance dá vida às inconsistências do texto, mantendo a personagem interessante mesmo quando a trama se estende em coincidências. Entre os coadjuvantes, o pequeno Chae Ja-woon, que interpreta Joon, é um dos pontos mais encantadores da série.
Vale a pena assistir Beijo Explosivo na Netflix?
A série é indicada para quem gosta de comédias românticas leves, cheias de reviravoltas rápidas e situações improváveis. Beijo Explosivo não tenta evitar clichês — ao contrário, constrói toda a narrativa a partir deles. O resultado é uma produção acelerada, recheada de confusões e encontros inesperados. Para quem busca um romance divertido sem grandes pretensões, é uma opção que entrega exatamente o que promete.