A Última Fronteira (The Last Frontier, 2025) - crítica e recapitulação do episódio 1 e 2 da série do AppleTV+ A Última Fronteira (The Last Frontier, 2025) - crítica e recapitulação do episódio 1 e 2 da série do AppleTV+

A Última Fronteira Episódios 1 e 2 | Crítica e Recapitulação | AppleTV+

A Apple TV+ estreou A Última Fronteira (The Last Frontier), nova série de suspense e ação criada por Jon Bokenkamp, o mesmo de The Blacklist. Estrelada por Jason Clarke e Simone Kessell, a produção mistura drama familiar, espionagem e uma intensa caçada em meio às paisagens geladas do Alasca. Os dois primeiros episódios apresentam uma trama de ritmo acelerado e repleta de segredos, que promete crescer à medida que o mistério em torno do fugitivo Havlock se aprofunda. Confira a nossa crítica e recapitulação dos episódios 1 e 2:

O que é A Última Fronteira

A história gira em torno de Frank Remnick (Jason Clarke), xerife de uma pequena comunidade no norte do Alasca, cuja rotina muda completamente após a queda de um avião que transportava prisioneiros. Entre os detentos estava Havlock (Dominic Cooper), um ex-agente da CIA envolvido em um programa secreto conhecido como Protocolo Atwater. A operação tinha como objetivo usar desertores para atrair inimigos dos Estados Unidos e eliminá-los, mas Havlock se rebelou e desapareceu.

Quando o avião cai, Havlock escapa e se infiltra na região, iniciando uma sequência de ataques e manipulações que colocam Frank e sua família em risco. Ao lado da agente Sidney Scofield (Haley Bennett), responsável por treinar Havlock, o xerife precisa rastrear o fugitivo antes que ele concretize um plano que ameaça a segurança nacional.

Recapitulação do Episódio 1 de A Última Fronteira

“Céus Azuis” — A queda e a fuga

O primeiro episódio começa em ritmo intenso. Durante o transporte aéreo de prisioneiros, um ataque destrói o avião, liberando criminosos em uma das regiões mais inóspitas do Alasca. Havlock, encapuzado e acorrentado, parece ter previsto a queda, o que levanta suspeitas de que o acidente não foi um simples acaso.

Frank é chamado para investigar e, ao lado de seus colegas, enfrenta uma emboscada brutal. A sequência estabelece o tom da série: ação realista, ambiente hostil e tensão constante. Enquanto isso, em Langley, a CIA tenta conter o caos. A agente Jacque Bradford ordena que Sidney retorne ao campo para ajudar na captura do fugitivo, revelando que toda a missão do transporte fazia parte de uma operação secreta.

A relação entre Frank e Sidney é marcada por desconfiança desde o início. Ele, um policial de princípios rígidos e traumatizado por perdas pessoais; ela, uma agente que sabe mais do que revela. Juntos, tentam compreender como Havlock conseguiu escapar e quem o ajudou a sabotar o voo.

A reviravolta final do episódio confirma o potencial da série. Descobre-se que o sobrevivente do acidente, um suposto policial ferido, é na verdade o próprio Havlock disfarçado. Sarah, esposa de Frank e enfermeira local, acaba caindo em sua armadilha, tornando-se refém. Ao sabotar as comunicações da região, Havlock isola completamente o xerife e o força a agir sozinho.

Recapitulação do episódio 2

“Vento da Mudança” — Segredos do Protocolo Atwater

O segundo episódio aprofunda a trama de espionagem e revela parte do passado entre Sidney e Havlock. O vilão rouba o Arquivo 6, um documento confidencial da CIA contendo registros de todas as execuções realizadas sob o Protocolo Atwater. A ameaça de exposição desse material faz com que a agência entre em colapso interno, enquanto Sidney se vê pressionada a recuperar o arquivo e provar sua lealdade.

Enquanto isso, Frank continua a busca por Sarah. Havlock o chantageia: ele deve entregar um dos prisioneiros, Henry Sickler, em troca da libertação da esposa. O xerife, relutante em negociar com criminosos, se vê dividido entre os princípios que regem sua vida e o amor pela família. A tensão cresce à medida que os planos de Havlock se tornam mais elaborados e pessoais.

Em paralelo, o episódio apresenta um novo núcleo narrativo: Luke, filho de Frank, e sua namorada Kira encontram um estranho ferido na floresta, sem saber que se trata de um dos fugitivos. Essa subtrama adiciona um componente emocional à história e prepara o terreno para conflitos futuros.

O desfecho de “Vento da Mudança” traz duas viradas importantes. A primeira envolve uma emboscada organizada por Havlock, que engana as autoridades e consegue escapar com o que realmente queria: o gravador da cabine do avião acidentado. A segunda é o envio de uma caixa térmica a Frank, coberta de sangue e com o nome dele escrito. O conteúdo ainda é desconhecido, mas a mensagem é clara — Havlock está no controle.

A Última Fronteira (The Last Frontier, 2025) - crítica e recapitulação do episódio 1 e 2 da série do AppleTV+

Um thriller com ritmo e atmosfera

A Última Fronteira combina os elementos típicos dos thrillers de espionagem com o drama humano do isolamento e da culpa. O cenário do Alasca desempenha papel essencial, não apenas como pano de fundo visual, mas como símbolo de solidão e fronteira moral. A paisagem gelada amplifica a sensação de vulnerabilidade e reforça o dilema do protagonista, dividido entre o dever e a sobrevivência.

Jason Clarke entrega uma atuação convincente como Frank Remnick, um homem acostumado à ordem que se vê forçado a lidar com o caos. Sua performance equilibra autoridade e fragilidade, dando peso emocional às cenas mais tensas. Haley Bennett constrói uma Sidney ambígua, cujas motivações permanecem obscuras. Já Dominic Cooper transforma Havlock em um antagonista calculista e imprevisível, cujo passado com a CIA adiciona complexidade à perseguição.

Crítica: A Última Fronteira – um começo promissor para o suspense da Apple TV+

Com direção de Sam Hargrave, conhecido por Resgate (Extraction), a série aposta em sequências de ação bem coreografadas e em uma estrutura de mistério em camadas. Os dois primeiros episódios de A Última Fronteira estabelecem um universo de conspirações, dilemas éticos e relações corroídas pela desconfiança.

Ao final do segundo capítulo, a produção deixa claro que a caça a Havlock é apenas a superfície de uma trama mais ampla sobre manipulação política e segredos de Estado. Entre drama familiar, espionagem e sobrevivência, a série do Apple TV+ se posiciona como um dos thrillers mais intrigantes do catálogo, mantendo o espectador preso à dúvida sobre quem realmente está dizendo a verdade.