A Última Fronteira - Crítica e Recapitulação do Episódio 5 da Série AppleTV+ A Última Fronteira - Crítica e Recapitulação do Episódio 5 da Série AppleTV+

A Última Fronteira Episódio 5 | Crítica e Resumo de Anarq

O quinto episódio de A Última Fronteira (The Last Frontier), série do Apple TV+ estrelada por Jason Clarke, leva a narrativa a um ponto de ruptura. Intitulado “Anarq”, o capítulo aprofunda o caos instaurado após a rebelião na prisão do Alasca, ao mesmo tempo em que revela o alcance da rede criminosa de Havlock. A trama entrelaça investigação, paranoia e dilemas morais, enquanto Frank Nordhoff (Clarke) precisa enfrentar o colapso não apenas da segurança, mas também da ordem social ao seu redor. Confira a crítica e o resumo do episódio 5:

Recapitulação do episódio 5 de A Última Fronteira

“Anarq” começa com a tensão crescente entre as forças policiais e o grupo de fugitivos que ainda permanece solto. Após a captura de Kitty no episódio anterior, Frank e Sidney concentram seus esforços em localizar Vincent Thiago, o mensageiro ligado a Havlock que foi visto em Fairbanks pouco antes do acidente inicial. A investigação se torna ainda mais urgente quando o sistema de comunicações da região sofre uma falha misteriosa, cortando energia e sinal em diversos pontos.

Enquanto isso, o episódio mostra Havlock em movimento. Ele aparece pela primeira vez fora das sombras, preparando o que parece ser uma nova operação. Em um armazém abandonado, o criminoso manipula códigos e dispositivos eletrônicos, indicando que o “Arquivo 6” ainda é o centro de seu plano. O roteiro sugere que ele tem aliados infiltrados dentro das próprias forças de segurança, ampliando o tom conspiratório que vem sendo desenvolvido desde o início da série.

Paralelamente, Sarah tenta lidar com o desaparecimento de Luke, desaparecido desde o acidente de carro no episódio anterior. Determinada a encontrá-lo, ela ignora os avisos da polícia e segue para a floresta, onde encontra vestígios do veículo abandonado. A sequência tem atmosfera de suspense e funciona como contraponto emocional à trama policial central.

Na sede da investigação, Frank e Sidney analisam os registros recuperados de Vivian, a ex-parceira de Kitty. Neles, descobrem uma sequência de transações criptografadas que apontam para o envolvimento de um grupo chamado “Anarq” — uma organização clandestina responsável por ataques cibernéticos em larga escala. A conexão entre Havlock e o grupo indica que a rebelião na prisão pode ter sido apenas o primeiro passo de uma ação coordenada em múltiplas frentes.

A tensão aumenta quando um informante local entrega a localização de Vincent Thiago. Frank e Sidney seguem até um hotel de beira de estrada, onde encontram o suspeito tentando apagar dados de um laptop. A perseguição resulta em um tiroteio, e Thiago é ferido antes de conseguir destruir todos os arquivos. Antes de morrer, ele murmura que Havlock “já está dentro”, frase que desperta a suspeita de que o criminoso infiltrou um vírus nos sistemas de segurança nacionais.

Final Explicado e Resumo do Anarq, novo Episódio da Série A Última Fronteira

No terceiro ato, o episódio expande o conflito para toda a cidade. Uma pane elétrica em larga escala atinge Fairbanks, interrompendo luzes, comunicações e equipamentos. O caos se instala, com saques e confusão generalizada. Frank percebe que o apagão é parte do plano de Havlock: uma distração para encobrir a movimentação de algo maior. O episódio intercala cenas de destruição urbana com tomadas silenciosas de Havlock observando tudo à distância, sugerindo que o apagão é apenas o começo.

Crítica do episódio 5: o colapso da ordem

O título “Anarq” sintetiza o tema central do episódio — a anarquia como instrumento de poder. A série utiliza o colapso tecnológico e social para discutir como o medo e a desinformação se tornam armas em tempos de crise. Frank surge como o último bastião de racionalidade, mas mesmo ele é forçado a reconhecer que a estrutura institucional que defendia está ruindo.

A direção aposta em ritmo alternado, combinando sequências de ação e momentos introspectivos. O apagão é retratado com fotografia escurecida e iluminação de emergência, reforçando o caráter claustrofóbico que já é uma marca visual da série. A montagem paralela entre o caos urbano e o silêncio de Havlock confere peso simbólico à destruição: o inimigo não precisa atacar diretamente, basta desestabilizar o sistema.

O roteiro também avança na relação entre Frank e Sidney, que passa de cooperação profissional para uma parceria sustentada pela confiança. Em meio à desordem, eles representam a tentativa de reconstrução de valores éticos dentro de um mundo cada vez mais corrupto. Esse contraste fica evidente na cena em que Sidney confronta um oficial disposto a executar prisioneiros sem julgamento — momento em que a série reafirma seu foco em dilemas morais, e não apenas em ação policial.

A Última Fronteira - Crítica e Recapitulação do Episódio 5 da Série AppleTV+

No arco paralelo, Sarah ganha maior relevância dramática. Sua busca por Luke é mais do que um subplot: ela reflete a dimensão humana das perdas causadas pela rebelião. Ao encontrar vestígios do filho e perceber que ele pode estar ferido, Sarah se torna símbolo da resistência civil diante do colapso. É nesse núcleo que A Última Fronteira ancora sua carga emocional, evitando que o enredo se torne apenas uma sucessão de perseguições.

O episódio 5 também introduz novos elementos políticos. O apagão expõe falhas na coordenação das autoridades e levanta suspeitas de sabotagem interna. Langley e a equipe de cibersegurança descobrem que o vírus utilizado por Havlock foi transmitido por meio de um protocolo oficial — uma brecha que só poderia existir com a ajuda de alguém do governo. Essa revelação amplia o alcance da conspiração e abre caminho para o que promete ser o núcleo da segunda metade da temporada.

O final explicado de “Anarq”, Episódio 5 de A Última Fronteira

Nos minutos finais, A Última Fronteira entrega uma sequência de impacto. Após o apagão, Frank e Sidney encontram um dos servidores da central de energia parcialmente destruído. No local, há um bilhete escrito à mão: “Arquivo 6 liberado”. Ao tentar acessar o sistema, Sidney percebe que milhares de dados foram criptografados e transferidos para um destino desconhecido. A operação de Havlock estava completa — o caos foi apenas uma cortina de fumaça para a verdadeira invasão.

O episódio termina com Frank observando a cidade mergulhada na escuridão, enquanto as sirenes ecoam ao longe. Ele recebe uma última transmissão de rádio, com uma voz distorcida que diz: “Você sempre fez parte disso, Nordhoff.” A frase sugere que o protagonista pode ter alguma ligação pessoal com o plano de Havlock, levantando novas perguntas sobre seu passado militar e o real motivo de sua presença no Alasca.

Esse desfecho redefine os rumos da série. A partir de agora, A Última Fronteira deixa de ser apenas um thriller policial sobre fuga e captura, para se tornar um drama sobre a fragilidade das instituições e o poder da manipulação tecnológica. “Anarq” funciona como um divisor de águas, unindo todas as tramas em torno de uma única ideia: quando o sistema entra em colapso, quem decide o que é justiça?