O episódio 5de A Rainha dos Golpes (Confidence Queen), k-drama disponível no Prime Video com lançamentos semanais, amplia os riscos emocionais e sociais da trama ao unir drama médico, corrupção e um novo golpe arquitetado pela equipe de Yi-rang. Com direção de Nam Ki-hoon, o capítulo dá destaque à vulnerabilidade humana ao mesmo tempo em que prepara terreno para um confronto direto contra Seon-mi, peça central do esquema de fraudes hospitalares. Leia a nossa crítica e recapitulação do episódio 5:
Recapitulação do episódio 5 de A Rainha dos Golpes
A história se inicia em tom de pesadelo: Gu-ho imagina Tae-su o enviando ao inferno. O susto é apenas fruto de sua recuperação após uma cirurgia, mas a cena já anuncia a tensão que permeia o episódio. No hospital, ele conhece Jae-hee, uma jovem paciente espirituosa que impressiona pela inteligência e pelo domínio de termos médicos. Logo, ela conquista não apenas Gu-ho, mas também Yi-rang e James, que a observam de perto.
Enquanto Yi-rang circula pela enfermaria, percebe que há algo estranho na relação entre dois médicos: o popular Seong-woo, que parece ser a estrela do hospital, e o discreto e sobrecarregado Gwang-sik. A desconfiança se confirma quando Yi-rang descobre que Jae-hee sofre de uma grave condição cardíaca que foi agravada por uma cirurgia malsucedida. Mais tarde, Gu-ho ouve uma conversa reveladora: Seong-woo não tem experiência real em medicina e depende de Gwang-sik como “cirurgião fantasma”, prática que coloca vidas em risco para proteger a imagem de um médico sem preparo.
Com o caso de Jae-hee em risco, a equipe percebe que precisa agir. Yi-rang identifica que a verdadeira força por trás da fraude é Seon-mi, mãe de Seong-woo e responsável por sustentar financeiramente e politicamente o esquema. A partir daí, surge o novo golpe: manipular a vaidade e o medo de Seon-mi até que ela própria caia em uma armadilha cuidadosamente construída.
O plano envolve várias camadas. Primeiro, Seon-mi é convencida de que apresenta sintomas de uma doença grave por meio de uma mistura de ervas. Depois, James assume o papel de um consultor internacional sofisticado, conhecido como “Sr. Ju”, que a seduz com presentes e promessas de acesso a pacientes estrangeiros. Yi-rang completa a trama ao insinuar que apenas uma cirurgiã renomada, a misteriosa “Dra. Rachel”, poderia salvá-la. Em uma jogada calculada, Seon-mi aceita pagar milhões para garantir a consulta com essa especialista fictícia.
Enquanto a farsa se desenrola, Gwang-sik decide abandonar de vez a medicina, consumido pela culpa de ter sustentado as fraudes de Seong-woo. Sem ele, o falso médico entra em colapso diante das demandas hospitalares. O episódio se encerra com a equipe unida, vestida com jalecos brancos e pronta para encenar o clímax do golpe dentro do hospital de Seon-mi, preparando o terreno para uma reviravolta decisiva.
Crítica do episódio 5 de A Rainha dos Golpes
O quinto episódio adota um tom mais íntimo ao colocar a jovem Jae-hee no centro da narrativa. Sua relação com Gu-ho revela um lado mais humano do personagem, que até então vinha oscilando entre a vida de golpista e os dilemas morais de sua trajetória. Essa conexão oferece ao público uma ancoragem emocional, tornando o episódio mais denso em impacto dramático.
Ao mesmo tempo, o roteiro expande o comentário social da série. O esquema de médicos fantasmas, representado por Seong-woo e Gwang-sik, critica diretamente falhas estruturais do sistema de saúde, em que status e imagem podem se sobrepor à responsabilidade profissional. Essa crítica é reforçada pela figura de Seon-mi, símbolo da manipulação de poder e riqueza para encobrir irregularidades.
Do ponto de vista narrativo, o episódio equilibra bem dois polos: a vulnerabilidade de uma criança vítima de negligência médica e a construção de um golpe sofisticado. As sequências no hospital, marcadas por diálogos tensos e pela revelação gradual da fraude, contrastam com os momentos de humor e leveza presentes no plano contra Seon-mi, que envolve perfumes caros, encontros glamorosos e disfarces bem montados. Essa alternância mantém o ritmo ágil e evita que a trama se torne excessivamente pesada.
Outro ponto de destaque é a atuação de Park Min-young como Yi-rang. Sua personagem demonstra sensibilidade ao se identificar com a luta de Jae-hee, mas também firmeza ao liderar a operação contra Seon-mi. O episódio ainda reserva espaço para James, interpretado por Park Hee-soon, brilhar como um mestre da manipulação em cenas que combinam charme e cinismo.
O capítulo também reforça a construção de mistérios de longo prazo. O pesadelo inicial de Gu-ho é uma lembrança de que Tae-su continua sendo uma ameaça que paira sobre todos, mesmo que não esteja no foco principal neste momento. Esse detalhe amplia a expectativa para os próximos episódios, que devem retomar a disputa direta com o vilão.
O que esperar do episódio 6 de Confidence Queen
O final em aberto do episódio 5, com a equipe pronta para aplicar o golpe final contra Seon-mi, deixa claro que o desfecho dessa trama específica de A Rainha dos Golpes virá no próximo capítulo. A expectativa é de que a queda da mãe de Seong-woo revele ainda mais segredos sobre a rede de corrupção hospitalar e, possivelmente, traga consequências para o destino de Jae-hee. Além disso, a relação entre Gu-ho e Yi-rang segue se aprofundando, sugerindo que os próximos episódios explorarão mais essa dinâmica pessoal enquanto avançam no combate aos inimigos centrais.