O suspense psicológico A Moça da Limpeza (The Cleaning Lady, 2018), dirigido por Jon Knautz e disponível no Prime Video, constrói sua narrativa a partir da relação entre duas mulheres de mundos opostos. De um lado está Alice (Alexis Kendra), profissional bem-sucedida que, apesar da aparência de vida perfeita, enfrenta um relacionamento complicado com um homem casado. Do outro, Shelly (Rachel Alig), uma jovem marcada por cicatrizes físicas e emocionais que, ao ser contratada como faxineira, se aproxima da vida de Alice de forma inesperada. Leia a nossa crítica do filme:
A amizade entre elas se transforma rapidamente em um terreno perigoso. Enquanto Alice projeta em Shelly a imagem de alguém frágil e inofensiva, a jovem desfigurada começa a desenvolver uma obsessão crescente por sua patroa. O que se inicia como uma relação de confiança se transforma em uma ligação doentia, marcada por desejo de posse, manipulação e violência.
A Moça da Limpeza: um thriller psicológico sobre obsessão e trauma
Diferente de produções tradicionais sobre invasão de domicílio ou perseguição, A Moça da Limpeza aposta em um estudo de personagens. O roteiro, assinado por Knautz e Alexis Kendra, explora como traumas passados moldam a mente de Shelly, revelando gradualmente uma infância devastada por abusos maternos. Essa construção psicológica dá profundidade à antagonista e permite que o espectador experimente, ao mesmo tempo, empatia e repulsa por suas atitudes.
O contraste entre os cenários também reforça o tema central: os espaços claros e ensolarados da casa de Alice dialogam com a escuridão e as sombras que cercam Shelly, refletindo o abismo entre as duas personagens. A fotografia de Joshua Allen e a edição de Matthew Brulotte valorizam essa dualidade, sustentando a atmosfera de tensão crescente.
Atuação e impacto dramático do impactante filme
As atuações femininas são o ponto forte da produção. Alexis Kendra entrega uma Alice multifacetada, vulnerável apesar de sua fachada de sucesso, enquanto Rachel Alig dá vida a uma Shelly perturbadora e complexa. O elenco de apoio, incluindo JoAnn McGrath como a mãe abusiva de Shelly, contribui para o peso dramático do filme.
Embora o ritmo apresente oscilações, alternando entre momentos de impacto e passagens mais arrastadas, o longa consegue prender pela intensidade emocional. Sem recorrer a sustos fáceis, a narrativa aposta em um terror psicológico lento, que instiga a reflexão sobre amizade, compaixão e os limites da empatia.
Crítica: A Moça da Limpeza (The Cleaning Lady, 2018) é uma boa no Prime Video?
Disponível no Prime Video (assista aqui), A Moça da Limpeza se destaca como um thriller psicológico que examina a linha tênue entre solidariedade e obsessão. O filme propõe ao público uma experiência perturbadora e intimista, em que cada revelação aprofunda o desconforto e levanta questionamentos sobre como lidamos com pessoas marcadas por traumas.