Publicado originalmente em 2022, A Empregada (The Housemaid), de Freida McFadden, rapidamente conquistou leitores de thrillers psicológicos em todo o mundo. Com pouco mais de 300 páginas, a obra combina suspense, segredos e reviravoltas inesperadas, consolidando a autora como um dos nomes mais comentados do gênero na atualidade. Leia a nossa crítica do livro.
Enredo e ambientação de A Empregada
A trama acompanha Millie Calloway, uma ex-presidiária em liberdade condicional que enfrenta dificuldades para recomeçar a vida. Sem emprego e morando no carro, ela vê uma oportunidade ao responder a um anúncio de trabalho como empregada doméstica para uma família rica, os Winchester.
O que parecia ser a chance de reconstruir sua rotina se transforma em um jogo psicológico perigoso. Nina Winchester, a patroa, exibe comportamentos erráticos e agressivos, enquanto Andrew, o marido, se apresenta como um homem atencioso e sedutor. A filha do casal, Cecelia, contribui para o clima tenso da casa com atitudes hostis. Millie, pressionada pela instabilidade da família e por seu próprio passado, passa a desconfiar de que está em meio a algo muito mais complexo do que imaginava.
A construção das personagens
Um dos pontos de destaque do livro é o contraste entre Millie e Nina. A protagonista é apresentada como alguém vulnerável, mas determinada a mudar de vida, enquanto a patroa parece oscilar entre fragilidade e crueldade. O marido, Andrew, funciona como contraponto, despertando tanto empatia quanto desconfiança nos leitores.
A narrativa ganha força quando alterna pontos de vista, permitindo que Nina também conte sua versão da história. Essa mudança de perspectiva desconstrói o que parecia estabelecido e coloca o leitor diante de novas interpretações sobre os conflitos da casa.
Estilo de escrita e ritmo narrativo de Freida McFadden
Freida McFadden aposta em capítulos curtos e finais sempre instigantes, recurso que mantém a leitura ágil e envolvente. A obra é dividida em três partes, cada uma marcada por viradas narrativas que surpreendem e renovam a tensão. A autora se vale de uma linguagem acessível e de uma construção direta, o que facilita a imersão, mas sem abrir mão de camadas psicológicas que tornam as personagens ambíguas.
A simplicidade da escrita é apontada por alguns leitores como excessiva, o que pode dar a impressão de superficialidade em determinados trechos. Ainda assim, esse estilo contribui para que o livro seja consumido de forma rápida, quase como um “thriller maratonável”.
Reviravoltas e impacto
O grande trunfo de A Empregada está nas reviravoltas. O romance brinca com as expectativas do leitor, conduzindo a narrativa de maneira aparentemente previsível até surpreender com revelações que mudam o rumo da história. McFadden não se limita a um único plot twist: são várias camadas de descobertas que mantêm o suspense ativo até as últimas páginas.
Esse aspecto fez com que o livro fosse constantemente comparado a outros thrillers de grande repercussão, inclusive obras recomendadas em clubes de leitura internacionais. Contudo, A Empregada consegue se diferenciar ao entregar uma segunda metade ainda mais intensa, capaz de justificar seu sucesso e abrir caminho para a sequência, O Segredo da Empregada.
Recepção e relevância
Desde seu lançamento, o livro dividiu opiniões. Parte do público enaltece o ritmo veloz, a capacidade de choque e a narrativa viciante. Outros leitores apontam que os personagens, em especial Millie, podem soar pouco simpáticos ou até mesmo estereotipados. Ainda assim, o consenso é que McFadden conseguiu criar um thriller psicológico eficiente, capaz de prender a atenção e gerar discussões acaloradas.
A repercussão nas redes sociais e em grupos de leitores reforça o impacto da obra. A Empregada tornou-se presença constante em listas de recomendações e consolidou a autora, que já havia publicado de forma independente, como um nome forte no mercado editorial internacional.
Crítica de A Empregada: vale à pena ler o livro de Freida McFadden?
A Empregada é um thriller psicológico que se destaca pela combinação de personagens ambíguos, narrativa ágil e uma série de reviravoltas capazes de surpreender até leitores acostumados ao gênero. Ao colocar em jogo temas como manipulação, poder e sobrevivência, Freida McFadden entrega uma obra que pode não agradar a todos pela simplicidade de estilo, mas que cumpre o papel de envolver e intrigar.
Mais do que um sucesso editorial, o livro abre espaço para reflexões sobre confiança e aparência, elementos que sustentam tanto sua trama quanto o fascínio que exerce nos leitores.
A boa notícia é que a adaptação cinematográfica de A Empregada já está quase chegando aos cinemas, contando com nomes como o de Sydney Sweeney no elenco. Saiba mais aqui.