A terceira temporada de A Diplomata (The Diplomat) chega à Netflix mantendo o ritmo intenso e o equilíbrio entre intriga política e drama pessoal. Criada por Debora Cahn, a série estrelada por Keri Russell segue aprofundando o jogo de poder entre os bastidores do governo americano e as relações internacionais, agora com uma nova configuração na Casa Branca. Confira a crítica da temporada 3:
Uma nova presidente e um novo cenário político
Os novos episódios começam exatamente de onde a segunda temporada terminou: o presidente William Rayburn (Michael McKean) morre após um colapso, e a vice-presidente Grace Penn (Allison Janney) assume o cargo em circunstâncias tensas. Kate Wyler (Keri Russell), embaixadora dos Estados Unidos no Reino Unido, precisa agir rapidamente para garantir a segurança e a posse da nova presidente, enquanto tenta manter o controle das informações sobre a crise política que se forma.
A posse improvisada de Grace Penn, realizada na embaixada americana em Londres, marca o tom da temporada. A transição de poder é caótica e coloca em xeque as alianças políticas entre Estados Unidos e Reino Unido. O primeiro-ministro Nicol Trowbridge (Rory Kinnear) tenta aproveitar o momento para aumentar a relevância britânica, enquanto Kate se vê no centro de uma disputa que mistura diplomacia, desconfiança e ambições pessoais.
Conflitos de poder e dilemas morais
Um dos principais temas da terceira temporada é o impacto da liderança de Grace Penn, cuja ascensão ao poder está envolta em suspeitas. Kate e sua assistente Eidra Park (Ali Ahn) sabem que a nova presidente esteve ligada ao ataque contra o porta-aviões britânico — e isso abala a confiança entre as equipes diplomáticas. A frase-tema da temporada, “Nenhuma aliança dura para sempre”, resume bem o clima de tensão e instabilidade que domina a narrativa.
Ao mesmo tempo, o roteiro explora as relações pessoais com a mesma intensidade. O casamento de Kate e Hal Wyler (Rufus Sewell) enfrenta novos testes, já que ele esteve envolvido indiretamente na morte do antigo presidente. Enquanto isso, a ligação entre Kate e o secretário de Relações Exteriores britânico, Austin Dennison (David Gyasi), continua carregada de cumplicidade e ambiguidade.
O peso das performances e novas dinâmicas
A entrada definitiva de Allison Janney como Grace Penn redefine o equilíbrio de poder dentro da série. A atriz entrega uma performance que alterna controle e fragilidade, transformando Penn em uma figura tão poderosa quanto imprevisível. Ao lado dela, Bradley Whitford se junta ao elenco como Todd Penn, o Primeiro Cavalheiro, ampliando a tensão doméstica e política em torno da nova presidente.
Keri Russell segue como o coração da série. Sua interpretação de Kate combina racionalidade diplomática e vulnerabilidade emocional, sustentando o ritmo acelerado da narrativa. O roteiro de Debora Cahn continua privilegiando diálogos afiados e situações em que política e moral colidem, mostrando que a diplomacia raramente é feita apenas de acordos públicos.
Crítica: vale à pena assistir a 3ª Temporada de A Diplomata na Netflix?
Um thriller político em plena forma
A Diplomata chega à 3ª temporada reafirmando seu lugar entre os grandes thrillers políticos da atualidade. Com uma trama que reflete as contradições do poder e questiona o papel dos Estados Unidos no cenário global, a série mantém a tensão constante até o último episódio. Ao final, as alianças se tornam ainda mais frágeis e as ambições de Kate e Grace se cruzam de maneira inevitável — preparando terreno para a já confirmada quarta temporada.