A Criada Proibida (The Housemaid, 2021) - crítica do filme filipino disponível no Prime Video A Criada Proibida (The Housemaid, 2021) - crítica do filme filipino disponível no Prime Video

A Criada Proibida (The Housemaid) | Crítica do Filme | Prime Video

Lançado em 2021, A Criada Proibida (The Housemaid) é um remake filipino do longa sul-coreano de 2010, que por sua vez já havia sido inspirado em um clássico de 1960. A produção, agora disponível no Prime Video (assista aqui), revisita uma trama marcada por intrigas, desejo e crítica social, adaptando-a à realidade das Filipinas. Leia a nossa crítica.

A trama de A Criada Proibida

A história acompanha Daisy (Kylie Verzosa), jovem contratada como empregada doméstica e babá de Nami (Elia Ilana), filha de uma família rica. Além de ajudar nos cuidados da criança, ela também passa a servir Roxanne (Louise De Los Reyes), matriarca grávida de gêmeos. A vida de Daisy muda quando William (Albert Martinez), o patriarca da família, passa a assediá-la, colocando-a em uma situação de desejo, manipulação e submissão.

Esse triângulo se torna o motor do longa, que combina erotismo e drama psicológico. No entanto, os conflitos não se limitam ao relacionamento proibido: a presença de Madame Martha (Jaclyn Jose), figura de autoridade dentro da casa, intensifica a tensão e expõe a fragilidade das hierarquias sociais.

Diferenças e semelhanças de The Housemaid com a versão coreana

Por ser um remake, A Criada Proibida segue de perto o roteiro da versão de 2010, mas insere elementos que dialogam com a realidade filipina. A desigualdade social e o peso do patriarcado aparecem como temas centrais, mostrando como os mais ricos conseguem manipular situações a seu favor.

No entanto, a adaptação mantém muitas escolhas narrativas do original, o que faz com que parte do público sinta falta de novidades mais significativas. Quem já conhece o longa sul-coreano encontrará poucas diferenças de impacto, embora o contexto local dê outra camada de leitura à trama.

Elenco e interpretações de A Criada Proibida

Kylie Verzosa entrega uma Daisy frágil e ingênua, mas que desperta uma empatia imediata no público. Sua atuação se equilibra entre inocência e resistência, refletindo bem a posição vulnerável da personagem. Albert Martinez, como William, dá vida a um homem de postura patriarcal, cujos desejos colocam em risco toda a estrutura familiar.

Entre os destaques, Jaclyn Jose como Madame Martha rouba a cena em momentos-chave, acrescentando profundidade e imponência à narrativa. Já a personagem Nami, apesar de importante para a construção da tensão, aparece pouco, o que fragiliza parte do enredo.

A Criada Proibida (The Housemaid, 2021) - crítica do filme filipino disponível no Prime Video

Aspectos técnicos e ritmo narrativo

Visualmente, A Criada Proibida impressiona com sua cinematografia. A direção aposta em enquadramentos sofisticados e uma paleta que mistura luxo e claustrofobia, reforçando o ambiente opressor da mansão. A trilha sonora, quase silenciosa, ajuda a criar uma atmosfera inquietante.

Por outro lado, o ritmo apresenta problemas. Há momentos de lentidão excessiva, enquanto outras passagens parecem apressadas, sem dar espaço para o desenvolvimento natural dos personagens. Essa irregularidade faz com que algumas subtramas se percam, deixando pontas soltas.

Crítica: vale a pena assistir A Criada Proibida?

A Criada Proibida é um filme que chama atenção por suas qualidades visuais e pelas atuações consistentes do elenco. Embora não traga muitas novidades em relação à versão coreana, a adaptação filipina oferece um olhar sobre questões sociais locais e mantém a tensão dramática até o desfecho. Para quem não conhece a obra original, pode ser uma boa porta de entrada nesse universo de desejo, poder e tragédia.